Apesar de ter mudado de cara, o racismo ainda é um dos grandes problemas que a sociedade não conseguiu erradicar. A discriminação com base na cor da pele afeta milhares e milhares de pessoas no mundo inteiro, e no Brasil, essa prática é mais comum quando se fala de brancos sendo preconceituosos com negros, do que com outras minorias.
O processo começou aqui quando os portugueses chegaram com negros trazidos da África, que foram escravizados em solo nacional, e ainda está longe de ser resolvido. Hoje em dia, apesar de alguns acharem que os negros já têm condições iguais aos brancos, qualquer afrodescendente pode confirmar que esta forma de discriminação está presente em seu dia a dia. Até porque, quando há uma lei especial para te proteger após ser violentado por existir, quer dizer que gente o suficiente sofre esse tipo de abuso constantemente.
1. Corra!
Um dos maiores sucessos de 2017 e o primeiro filme com Jordan Peele na direção, Corra! discute racismo de uma forma que começa sutil, com apenas aquele desconforto inicial de quem sabe o que é sofrer discriminação velada. A apreensão de Chris (Daniel Kaluuya) ao conhecer a família branca da namorada é compreensível, até mesmo esperada. Já seria uma boa demonstração de como negros são afetados pelo racismo se não tivesse todo o segredo pavoroso da família Armitage, mas, com a reviravolta, tudo fica ainda mais perturbador.
2. Infiltrado na Klan
Baseado em uma história real, Infiltrado na Klan conta a história de Ron Stallworth (John David Washington), um policial no Estados Unidos que, durante os anos 70, se infiltra na Ku Klux Klan com a ajuda de seu colega Flip Zimmerman (Adam Driver). O filme de Spike Lee mostra que, por mais que 50 anos tenham se passado, o mundo não mudou: a brutalidade policial, a ideia de supremacia branca e o nacionalismo continuam fazendo parte da sociedade. Além disso, poucas coisas são tão satisfatórias como David Duke (Topher Grace) sendo enganado por um negro.
3. Selma – Uma Luta Pela Igualdade
Dirigido por Ava Duvernay, Selma – Uma Luta Pela Igualdade também é inspirado em uma história verídica. O filme relata a jornada do maior líder do movimento dos direitos civis do negros nos Estados Unidos, Martin Luther King Jr. (David Oyelowo) para organizar a marcha de Selma para Montgomery, um de seus atos de protesto mais conhecidos. O pastor, que foi assassinado em 1968, continua sendo um representante da luta que a comunidade negra enfrenta.
4. Moonlight: Sob a Luz do Luar
Chiron é o meio que Barry Jenkins usa para mostrar como é a vida de um homem gay, negro e morador de uma comunidade pobre. Moonlight: Sob a Luz do Luar é dividido em três fases definitivas da vida do protagonista: infância, adolescência e vida adulta. Interpretado por Alex R. Hibbert, Ashton Sanders e Trevante Rhodes em cada parte, a emocionante história de Little, Chiron e Black (como ele é chamado nas diferentes idades) ainda comenta na dificuldade de alguém sair do meio em que foi criado.
5. O Ódio que Você Semeia
Relatando algo que acontece constantemente, O Ódio que Voce Semeiasegue a adolescente Starr (Amandla Stenberg), que presencia o assassinato de seu melhor amigo. Ambos negros, Khalil (Algee Smith) leva um tiro de um policial branco dentro do seu carro, sem ter provocado nenhuma violência ou ter cometido um crime. Após o acontecimento, Starr precisa testemunhar no tribunal, mas durante o processo sofre uma série de chantagens para abafar o caso. Apesar de ser um filme voltado mais para o público juvenil, ele não deixa de lado a face real da injustiça e racismo.
Fonte: Portal Geledes