Desde quinta-feira, 11, em Praia do Forte, localizada em Mata de São João, o público pode voltar a visitar o Castelo Garcia D’Ávila. O equipamento, além de passar por reforma e ampliação, recebeu um museu com inovações tecnológicas que permitirão maior interatividade e mais informações sobre cultura e história, com destaque para a saga dos Garcia D’Ávila.
O Castelo ficará aberto para visitações das 10h às 16h, de quarta à domingo. Os ingressos custam R$ 30 inteira e R$ 15 meia. As intervenções tiveram investimento de cerca de R$ 3 milhões, com verba do Ministério do Turismo, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O novo museu oferece acessos a vídeos com mapas históricos, desenhos e gravuras que remontam o estilo de vida no Castelo. Outras novidades são os totens com projeção e as parabólicas sonoras, onde são exibidos depoimentos de pesquisadores, arquitetos, artistas, moradores da região e do Conselho Curador e Diretivo da Fundação Garcia D’Ávila.
Se, por um lado, a tecnologia possibilitará uma ampla interatividade e potencializará as informações históricas, a exposição com diversos utensílios, peças de cerâmica e até animais empalhados, traz um contato real com a história da Casa da Torre. Todos os objetos foram encontrados no Sitio Arqueológico. Parte sofreu restauração e parte está exatamente como encontrada.
Iluminação
O projeto de iluminação, assinado por Irma Vidal, permite uma observação dos mínimos detalhes, tanto dos pequenos objetos expostos no Museu, quanto das grandes estruturas das ruínas do Castelo Garcia D”Ávila . Uma maquete restaurada do Castelo, projeto do miniaturista Léo Furtado, propõe uma visita fantástica à edificação medieval, no seu apogeu.
Em uma próxima fase, que deve acontecer ainda em fevereiro, o público poderá assistir, após o pôr do sol, a exibição de vídeo-mappings. São projeções de vídeos de grandes dimensões, nas paredes da frente (parte da Capela) e detrás do Castelo, com narrativos da história montadas pelos VJs Gabiru e Spetto.
Parque histórico
Erguida entre o ano de 1551 e o século XVIII sobre uma elevação, a Casa da Torre foi, originalmente, denominada por seu proprietário como Torre Singela de São Pedro, e é referida ainda como Castelo de Garcia d’Ávila, Torre de Garcia d’Ávila e Forte de Garcia d’Ávila.
No século XX, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1938. Na década de 1980, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) elaborou um projeto de restauração encaminhado à 5ª Diretoria Regional da SPHAN/Pró-Memória. O imóvel, em mãos da iniciativa privada, originou a Fundação Garcia d’Ávila, com vistas a proteger a edificação tombada, restaurando-a e transformando-a em Centro Cultural e Museu Histórico.
A Tarde