Corpo do ídolo argentino está sendo velado na sede do governo, em Buenos Aires. Maradona morreu aos 60 anos na quarta-feira (25) após sofrer uma parada cardiorrespiratória em casa.
Por volta das 7h30, houve um princípio de confronto entre a polícia e torcedores que foi controlado. Algumas grades que cercam a Casa Rosada chegaram a ser arremessadas por torcedores.
Muitos tentavam entrar ao mesmo tempo no local, mas o fluxo é controlado na porta do palácio presidencial. Por volta das 8h, a situação era mais calma no local.
Dentro do palácio presidencial, torcedores emocionados jogam flores e camisetas sob o caixão, que está fechado e coberto pela bandeira da Argentina e por camisas da seleção e do Boca Juniors.
O governo do presidente Alberto Fernández declarou luto oficial de três dias, e estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas participem do funeral.
O corpo de Maradona chegou à Casa Rosada por volta de 1h30. Sua mulher, Claudia, e seus filhos estão no local, e a cerimônia foi realizada primeiro com a presença dos familiares.
A imprensa argentina diz que jogadores da seleção argentina de 1986, que ganharam a Copa do México junto com o craque argentino, também estão no palácio presidencial.
O sepultamento será nos Jardins de Bella Vista, na mesma capela onde foi realizado o velório do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, que morreu há dez anos.
A chegada do corpo de Diego também teve um princípio de tumulto, mas logo o clima ficou mais sereno na Plaza de Mayo.
Torcedores não paravam de cantar em homenagem ao ídolo, e grande parte dos presentes não usa máscaras de proteção em plena pandemia.
Maradona deixa três filhas (Dalma, Gianinna, Jana) e dois filhos (Diego e Diego Fernando) e uma trajetória vitoriosa no futebol: ganhou a Copa do Mundo de 1986 com a seleção argentina e foi vice em 1990. Passou por grandes clubes, como Boca Juniors, Barcelona e Napoli, e atuou como técnico, inclusive dirigindo a seleção argentina na Copa do Mundo de 2010.
Campeão mundial na Copa do Mundo de 1986, quando ficou eternizado pelos dois gols que marcou contra a seleção da Inglaterra nas quartas de final, Maradona era reverenciado e tratado como Deus na Argentina.
“Muitas vezes me dizem: ‘Você é Deus’. E eu respondo: ‘Vocês estão equivocados’. Deus é Deus, e eu sou simplesmente um jogador de futebol”, afirmou o craque argentino em 1991.
Seu gol de mão contra a Inglaterra ficou mundialmente conhecido pela “mão de Deus”. O outro gol, em que Maradona driblou metade do time (inclusive o goleiro), foi eleito pela Fifa em 2002 como o mais bonito da história das Copas do Mundo.
Fonte – G1