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domingo, 13 outubro, 2024

Bahia lidera número de casos de câncer de colo de útero

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A Bahia é o estado do Nordeste com maior número de novos casos de câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), apontam que em 2024, o estado deve chegar a 1160 novos casos.

O câncer de colo de útero representa o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina do Brasil (atrás do câncer de mama e do colorretal). O país deve registrar 17.010 novos casos da doença em 2024.

A principal causa do câncer cervical é a infecção persistente por determinados tipos de HPV (Papilomavírus humano), vírus transmitidos em relações sexuais sem proteção, principalmente o HPV-16 e o HPV-18, considerados de alto risco oncogênico.

“A realização dos exames preventivos de rotina, como o Papanicolau, é fundamental para prevenir o câncer de colo de útero”, afirma Airton Ribeiro, ginecologista e diretor médico da CAM. De acordo com ele, o exame é capaz de detectar não apenas o câncer em fases iniciais ou avançadas, mas até lesões pré-malignas que podem ser tratadas precocemente, evitando o desenvolvimento da doença.

O oncologista Fernando Nunes, da Oncoclínicas na Bahia, lembra que o câncer de colo de útero, apesar de ser o terceiro de maior incidência em mulheres brasileiras, é uma neoplasia prevenível. “A vacinação contra o HPV também é uma das principais aliadas na prevenção dos cânceres ginecológicos”, explica o especialista.

Entre as medidas para prevenção do câncer de colo de útero está a regularidade de exame ginecológico preventivo, a vacina HPV e o sexo seguro (com uso de preservativo).

A iniciação sexual precoce, o tabagismo, a higiene íntima inadequada e a multiplicidade de parceiros também podem colaborar para o surgimento da doença. Entre os sintomas, de fase inicial, estão dores durante relação sexual, secreção vaginal anormal, dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais e sangramento após relação sexual.

A maioria das infecções por HPV regride espontaneamente entre seis meses a dois anos da exposição, especialmente em mulheres com menos de 30 anos, mas acima dessa idade é mais comum que as infecções sejam mais persistentes.

Tratamento

O tratamento é individualizado e as abordagens terapêuticas dependem do estágio da doença, podendo envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia ou técnicas combinadas. “Os avanços das cirurgias minimamente invasivas, da tecnologia radioterápica e de novas drogas usadas no combate à doença têm tornado o tratamento menos tóxico e mais eficaz”, finaliza Fernando Nunes.

A tarde

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NM

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