Trabalhadores do terceiro turno do Complexo Ford Nordeste em Camaçari participaram, na manhã desta sexta-feira (15), em frente à empresa, de uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos.

Na ocasião, eles discutiram as demissões em massa que estão ocorrendo em São Bernardo do Campo/SP. Segundo informações do presidente do sindicato de Camaçari, Júlio Bonfim, em apenas três meses, a unidade paulista demitiu 10 mil trabalhadores, deixando os trabalhadores baianos apreensivos. Segundo ele, em Camaçari, a CTB e o sindicato estão conseguindo reverter essa situação. “O que ocorre em Camaçari são demissões ‘normais’, abaixo do índice médio ocorrido nas empresas”, disse Júlio. “E, mesmo com essas demissões, o sindicato tem fiscalizado para evitar qualquer tipo de abuso. Em alguns casos, tem conseguido reintegrar trabalhadores”, acrescenta.

Queda nas vendas:
As estatísticas não são animadoras. Entre junho e julho, no Brasil, houve queda de 8,6% na venda de veículos e redução de 17,4% da produção. E os pátios seguem lotados, com 382,6 mil unidades paradas no fechamento de julho. As férias coletivas foram o recurso mais usado pelas montadoras até então para tentar amenizar o impacto na produção e demissões. Muitas unidades pararam durante a Copa do Mundo, abriram planos de demissão voluntária (PDV) e reduziram turnos e jornadas de trabalho com banco de horas.

Segundo o sindicato, um acordo fechado por dois anos com o Complexo Ford em Camaçari garantiu estabilidade nos momentos mais críticos da economia. Ainda de acordo com o presidente da instituição, não há motivos para se preocupar.
Redação Nossa Metrópole