Ela é impossível! A baiana Ana Marcela Cunha faturou mais uma medalha de ouro no Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul. Na madrugada desta sexta-feira (19), a nadadora venceu pela quarta vez a prova da maratona aquática de 25km, sendo a terceira seguida. Ela é a primeira mulher a ser tricampeã mundial consecutiva.
A atleta venceu a prova em 5h08min03seg, superando um mar agitado e um clima com muito vento. Sobrou tanto no fim que chegou a nadar de costas. Finnia Wunram, da Alemanha, e Lara Grangeon, da França, completaram o pódio. Na última terça, a baiana havia conquistado o ouro nos 5km.
Ana Marcela começou a prova na frente. Após cerca de uma hora, caiu para 3º lugar, mas recuperou a ponta poucos minutos depois. No entanto, a baiana voltou a perder posições próximo às duas horas de maratona, indo parar na 4ª colocação.
Com três horas de prova, Ana Marcela subiu uma posição. E chegou à vice-liderança já com cerca de quatro horas da maratona, atrás da francesa Lara. Na parte final, assumiu a ponta para não perder mais.
“Foi uma das provas mais rápidas que a gente nadou. Costumo nadar em cinco horas e 25 (minutos) e essa foi menos de cinco horas e 10. As meninas nadaram muito mais forte que o normal”, analisou, em entrevista ao Sportv. “É uma prova que eu gosto de nadar. Tentei não desgrudar do pelotão e me senti bem confortável nadando. No final, saí um pouco ali detrás das meninas para não ficar no vácuo, abri e consegui vencer”.
Além dos dois ouros, Ana Marcela ficou em 4º no revezamento misto com a equipe brasileira e em 5º nos 10km, posição que garantiu uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. “A gente nunca está satisfeita, estamos sempre em busca da perfeição. É a primeira vez que uma atleta é a tricampeã seguida de uma prova, mostra que o trabalho está sendo bem feito. Só falta uma coisa aí, que a gente sabe o que é”, diz ela, se referindo a uma medalha olímpica.
No masculino, o húngaro Gergely Gyurta liderou boa parte da prova, mas sentiu um problema asmático e acabou perdendo rendimento na parte final. Desta forma, a medalha de ouro, assim como em Budapeste-2017, acabou com o francês Axel Reymond, com 4h51min06seg. Ele foi seguido pelo russo Kirill Belyaev e pelo italiano Alessio Occhipinti.
Fonte: Correio 24h