País enviou produtos para 100 novos mercados, a exemplo de pele e couro de animais, gergelim, uvas, farelo de soja e embrião bovino
Desde o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, o Ministério de Agricultura e Pecuária exportou produtos do agro brasileiro para 100 novos mercados, em um ano e três meses. O número é mais do que o dobro do que foi registrado no mesmo período durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL): 48.
Não há uma estimativa formalmente estabelecida de ganhos com a abertura dos novos mercados. Dos 100 novos mercados na gestão do petista:
• 36 são na Ásia,
• 35 são nas Américas,
• 17 são na África,
• 7 são na Oceania; e
• 5 são na Europa.
Dentre os produtos, destacam-se algodão, carnes bovinas e suínas, suco de açaí, frango, mamão, arroz, pescados, ovos e café verde.
Em 2023, as exportações brasileiras do agronegócio superaram os recordes dos anos anteriores, atingindo US$ 166,49 bilhões, ou seja, 4,8% superior ao registrado em 2022, representando um aumento de US$ 7,62 bilhões. De acordo com o ministério, chefiado por Carlos Fávaro, o agro foi responsável por 49% do total das vendas internacionais no ano passado.
Confira o número de mercados abertos: 34 em 2019, 73 em 2020, 76 em 2021, 52 em 2022, 78 em 2023 e 22 em 2024. Entre os novos países, estão Taiwan, Indonésia, China, Zâmbia, Equador, Japão, Peru, África do Sul, Argentina, Chile, Butão, Colômbia, México, República Dominicana, Rússia, Singapura, Panamá, Vanuatu, Vietnã, Grã-Bretanha, Omã, Paquistão, entre outros.
Em relação aos produtos exportados, estão: couro e pele de animais, peixes vivos, leite e produtos lácteos, sêmen e embrião bovino, gergelim, plantas de eucalipto, termoprocessados de aves, ovos férteis, uvas, maças, plasma e hemoglobina bovina em pó, fibroblasto bovino para finalidade de clonagem, farelo de soja, lã suja de ovinos, mudas de cana-de-açúcar in vitro, estômago suíno, entre outros.
As novas aberturas, para o ministro da Agricultura, são fruto da relevância e retomada do Brasil no mercado internacional e reforçam o reconhecimento dos players mundiais no sistema de controle sanitário do país, além do reflexo positivo na economia brasileira.
“É a chance do produtor acessar oportunidades até então inéditas. Isso gera demanda, o produtor precisa aumentar seu negócio, e o resultado é mais emprego e renda em todo o país”, afirmou Fávaro.
Em 2023, o Brasil registrou um crescimento de 21% nas exportações em real para o Mercosul, alcançando US$ 1,7 bilhões na participação, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços. Apesar do crescimento para países do bloco, no ranking com as demais moedas, o Brasil apresentou uma queda de 9,3% no total comercializado em real.
Mesmo com a queda em real, as exportações brasileiras cresceram 17,4% no primeiro bimestre de 2024, alcançando US$ 50,51 bilhões. De acordo com o ministério, a indústria extrativa, relacionada a recursos naturais e insumos, agropecuária e produtos da indústria da transformação foram as que tiveram o melhor desempenho.
Ainda de acordo com o relatório divulgado pela pasta, a União Europeia foi o segundo bloco com o maior destino das exportações em real, com participação de 15,6% do total. Ao mesmo tempo, a União Europeia é o maior destino das exportações em euro, com participação de 61,5%.
CNN Brasil