Os números das exportações baianas em janeiro último foram desfavoráveis, com queda de 19,8% em relação ao mesmo período no ano passado (US$ 546,7 milhões contra US$ 894,4 milhões), segundo levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan).
A boa notícia é que este é um quadro comum nos primeiros meses do ano e há expectativa de mudanças ao longo de 2015.
De acordo c om o SEI/Seplan, nem mesmo o aumento de 3,4% no volume físico embarcado e a desvalorização média nominal de 9% do real frente ao dólar no ano passado reverteram este quadro.
A queda nos produtos importantes para a pauta do estado, como celulose (-19,7%), petroquímicos (-10%), soja (-17,6%) e algodão (-16,1%), neutralizou os ganhos obtidos com o aumento dos embarques, segundo o levantamento.
Supreendentemente, segundo Arthur Cruz, coordenador de Comércio Exterior da SEI, as vendas do setor automotivo apresentaram um aumento de 358,7%. Em 2014 este setor foi o grande vilão da balança comercial baiana.
Essa retomada nos bons resultados do setor, explicou Arthur Cruz, aconteceu em decorrência de maiores embarques para países da América do Sul, como Chile, Uruguai e Argentina.
Principal parceiro brasileiro, os argentinos reduziram as compras em 2014 por dificuldades cambiais que serviram de pretexto para barreiras impostas pelo país vizinho, explicou Arthur Cruz.
Petróleo e GNL
Mas, foram derivados de petróleo que puxaram os índices para baixo, nas exportações e nas importações, destacou Arthur Cruz.
A redução do valor do barril para até US$ 44, resultou numa perda de até 50% nos preços dos produtos petroquímicos. Por outro lado, devido a crise energética gerada pela crise hídrica do país, causaram aumento na importação do GNL que alimenta as termelétricas.
Fonte: A Tarde