Em 2019, o recuo de 2,9% na produção industrial baiana foi resultado do desempenho negativo tanto da indústria extrativa (-2,6% no acumulado no ano) quanto da indústria de transformação (-3,0%), é o que revela balanço divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Das 11 atividades da transformação investigadas em separado na Bahia, seis viram sua produção cair no ano passado. A produção industrial no estado fechou com queda de 2,9% em 2019.
Com a maior queda acumulada, a fabricação de outros produtos químicos (-17,0%) foi também quem mais puxou o resultado geral do estado para baixo. Todos os produtos investigados nesse segmento fecharam o ano de 2019 com produção menor que em 2018.
A atividade é a segunda mais importante na estrutura do setor industrial baiano e teve o segundo recuo anual consecutivo – sua produção já havia caído 6,2% em 2018.
Com retrações e pesos importantes na estrutura da indústria baiana, os segmentos de celulose, papel e produtos de papel (-8,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%) também foram decisivos para o desempenho negativo da produção no estado, em 2019.
Segundo o IBGE, o resultado do ano passado só não foi pior porque atividades industriais igualmente relevantes apresentaram avanços. As influências positivas foram lideradas, respectivamente, pela fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, que tem o maior peso na Bahia e cresceu 2,5% no ano, e pela metalurgia (6,4%). Ambas mostraram o segundo ano de alta seguida na produção.
O destaque de 2019 em termos de magnitude da taxa crescimento, porém, ficou mais uma vez com a fabricação de bebidas. Após ter avançado expressivos 10,1% em 2018, o segmento viu sua produção aumentar em todos os meses de 2019 e fechou o ano com a maior alta do estado (15,0%).