Familiares do armador de ferragens Raimundo Jorge Freitas da Silva, 51, que morreu na noite de segunda-feira, 14, após internado no Hospital Geral de Camaçari (HGC), denunciaram negligência médica numa delegacia da cidade. Sua irmã Valquíria Freitas Santana, 52, disse que ele tinha problemas renais e foi levado, com dores intensas, a uma unidade de emergência em Vila de Abrantes, na última sexta-feira. De lá, foi transferido para o HGC.
Segundo Valquíria, seu irmão ficou em uma maca no corredor, à espera de um leito. Sofrendo convulsões durante a noite de sábado, acabou caindo da maca, que não possuía grade de proteção lateral. Após a queda, ele entrou em coma, morrendo dois dias depois. “Jorge me disse que estava sentindo fortes dores por todo o corpo, devido à queda. Insisti para os médicos realizarem a transferência com urgência. Parece que eu estava adivinhando o que viria. E agora? Quem vai pagar por esse descaso?”, questiona Valquíria inconformada com a morte.
Queixa
A irmã de Raimundo Jorge prestou queixa do ocorrido na 18ª Delegacia Territorial, em Camaçari. E disse que a informação passada pelo Hospital Geral de Camaçari foi que eles aguardavam a transferência do paciente para o Hospital Roberto Santos, no bairro do Cabula, em Salvador, onde seria submetido a uma tomografia.
“Me disseram que o aparelho de tomografia estava quebrado. Por isso, Jorge seria transferido para o Roberto Santos”, afirma.
Jorge deixa dois filhos e um neto. A família aguarda o laudo médico para realizar o sepultamento. A TARDE entrou em contato com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) para comentar o caso, mas até o final desta edição não obteve resposta.
Fonte: A Tarde