A família de uma idosa, moradora de Camaçari, luta para modificar a certidão de óbito da anciã, que faleceu no mês passado, após dar entrada na UPA da Gleba A, com falta de ar. No documento, a causa da morte foi apontada como insuficiência respiratória, Covid-19, AVC, porém o exame realizado na paciente, teve o resultado negativo para o coronavírus.
Segundo os familiares, o material foi colhido para o exame que detecta a Covid-19, porém a idosa faleceu poucas horas depois de dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento e o resultado do exame só ficou pronto dias depois. Uma das filhas procurou um médico na UPA para buscar orientações sobre a mudança na certidão, mas ele explicou que isso só poderia ser feito na Justiça, pois somente um juiz pode enviar uma liminar para o cartório realizar a alteração.
“Minha mãe foi enterrada de camisola, dentro de um saco preto. Não pudemos fazer o funeral e minha mãe nem estava com a Covid”, lamenta a filha. Ela conta ainda que o médico da UPA disse que quando o profissional emitiu o laudo apontando que a paciente morreu de insuficiência respiratória tendo como a provável causa a Covid-19 ou AVC, é porque a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) orienta que todo paciente que apresente este quadro, seja sugerido o diagnóstico de Covid-19, como forma de preservar a família e a equipe médica que esteja atendendo aquele enfermo.
Agora a família busca reparação pela dor de não ter podido realizar uma despedida digna para a mãe, esperando que pelo menos a certidão de óbito possa ser modificada, já que ela não foi contaminada pelo coronavírus.
Familiares procuraram a Ouvidoria Geral para relatar o caso e cobrar providência: