O motorista Wlaneide Rodrigues já viveu a experiência de ser assaltado 10 vezes. Segundo ele, que trabalha na Safira Transportes, a frequência é de dois a três assaltos por semana.
“De dezembro até agora sofri dois assaltos. Já fui espancado e tomei coronhada. Meu colega sofreu um assalto na terça-feira (20) em Cascalheira. Dois elementos entraram no carro [no coletivo], cada um com uma pistola na mão e saquearam todo mundo”, contou.
Ainda de acordo com Wlaneide Rodrigues, os passageiros têm medo de pegar o transporte público por receio dos assaltos. Quando Wlaneide está atuando no trecho de Camaçari e Vila de Abrantes, entre 18h e 19h, percebe que os passageiros entram no coletivo olhando para os lados e perguntam para o motorista se existe a chance de sofrerem assalto naquela noite.
“Esse assalto de hoje [ontem] fez o pessoal entrar em desespero, pois ninguém está aguentando mais. A reação dos colegas é a pior possível porque, aparentemente, não existem providências por parte das autoridades”, afirma o motorista.
Correio da Bahia