A possibilidade de um novo reajuste da gasolina pegou os motoristas de surpresa. De acordo com anúncio feito pelo governador Rui Costa, a partir de hoje começa a valer o aumento da nova alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina. Apesar do percentual do reajuste ser de 1%, os motoristas ainda reclamam do novo aumento.
Conforme o professor técnico, Derval Lima, 52 anos, o reajuste é considerado um abuso de poder diante da crise econômica enfrentada. “Estamos em um período difícil. Tem pouco tempo que aumentaram a gasolina e agora já anunciam um novo reajuste. Acho, realmente, que estão abusando do poder”, disse o professor, ressaltando os problemas financeiros enfrentados pelo reajuste. ”Se antes gastava R$ 100 mensais, hoje em dia gasto R$ 150 ou mais. Sinto que a situação só vai piorar”, reclamou.
De acordo com declaração feita pelo governador, ”a alíquota não vai passar de 27% para 30%, como vem se dizendo por aí. O decreto aprovado em 31 de dezembro, – pela Assembléa Legislativa do Estado- estabelece o aumento para 28%, de um ponto percentual apenas”, disse em entrevista coletiva após um encontro com o prefeito de Salvador na Governadoria.
A contadora Santuza dos Reis, 53, disse que já não vale mais a pena sair de carro. “É uma facilidade para se locomover, mas se colocarmos na ‘ponta do lápis’ já não vale mais a pena sair de carro. A gasolina está muito cara e a gente sempre fica no prejuízo”, disse, ressaltando as atitudes tomadas para economizar. “Só saio de carro para o trabalho quatro vezes por semana. Estou tentando economizar”, disse.
A Bahia é o estado com maior reajuste, no entanto o governador ressalta que o alto custo se deve mais à margem aplicada pelos distribuidores e revendedores que ao imposto cobrado pelo estado. Além do argumento, ele afirmou que o estado arrecadaria menos que outros.
Para obter mais informações sobre o novo valor do combustível a Tribuna fez contato com Ivan Almeida do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicombústiveis), mas não obteve êxito.
Fonte: Tribuna da Bahia