Em mais uma demonstração da disposição em manter sempre aberto um canal de entendimento e buscar uma saída negociada para a greve dos servidores públicos, a Prefeitura apresentou aos sindicatos que representam a categoria uma nova proposta que inclui dois significativos avanços.
Um dos avanços é a retroatividade da primeira parcela do reajuste a janeiro, a fim de garantir o respeito à data-base da categoria. O outro é o abono dos pontos cortados, com pagamento 10 dias após a assinatura, pelos sindicatos, do Acordo Coletivo.
A Prefeitura também mantém o índice oferecido desde as rodadas iniciais de negociação, de reajuste parcelado de 10,67%. A proposta prevê 2% imediatos, retroativos a janeiro, pagos já na folha de junho, mais 4% em outubro e mais 4,67% em dezembro. O percentual de 10,67% também incide sobre o vale-refeição, além da correção no vale-transporte.
Como disse a secretária de Administração, Lezineide Chagas, a Prefeitura chegou ao limite, diante de uma conjuntura marcada por uma grave e prolongada crise financeira internacional, com reflexos preocupantes no Brasil, e que tem acarretado uma drástica redução na receita do Município. “Não podemos oferecer mais porque estaríamos infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal”.
Os sindicatos ficaram de avaliar a proposta, colocá-la em votação em assembleia, para depois dar uma resposta. A Justiça considerou a greve abusiva e determinou que 70% dos servidores retornassem ao trabalho. O retorno tem acontecido gradualmente, com exceção da educação, onde 100% dos funcionários já retomaram às atividades. Atualmente, cerca de 25% dos servidores continuam parados.
Fonte: Ascom PMC