Os jovens Camila Bevilacqua, 22 anos, Eric Araújo, 21 anos, e Lucas Dib de 24 anos, ainda estudantes universitários, conseguiram solucionar um problema comum da vida acadêmica para ajudar no foco e na produtividade de outros colegas: desenvolveram uma bala energética que promete substituir o consumo demasiado do café e de bebidas energéticas, que costumam conter grande quantidade de açúcar.
A bala Dot Energy, a primeira do Brasil, foi um espelho do que já é sucesso nos EUA. As balas cafeinadas também costumam atrair um grande número de aderentes. Foi a partir de uma percepção rotineira que eles descobriram que os estudantes estavam deixando de lado o café, para consumir produtos mais inovadores.
“A entrada da universidade é o momento que as pessoas começam a tomar mais café energéticos, só que ao mesmo tempo, a gente percebeu que as pessoas não estavam gostando mais tanto do gosto do café. A gente identificou que seria mais fácil a gente ganhar o mercado e que fazia mais sentido com o produto inovador num momento onde as pessoas ainda estão sendo educadas ao meio de ter energia”, explica a sócia Camila Bevilacqua.
Estudando de um lado, pesquisando de outro, os três jovens perceberam que o mercado estava majoritariamente dominado por bebidas e queriam fugir disso trazendo algo prático e saboroso. Eles perceberam que já existia um mercado parecido, de balas funcionais em formato de gummy, mas não em formato de pastilha.
“Quando a gente trouxe elas [as balas] pra cá, a gente percebeu que tinha um gosto muito ruim, muito amargo. A gente foi levar para uma desenvolvedora de química de alimentos, que foi quem desenvolveu a fórmula da DOT, e a gente descobriu que a cafeína tem um sabor muito amargo, e a grande dificuldade desses produtos é transformar essa cafeína de um jeito gostoso. Foi esse o nosso foco”, continuou ela.
Os jovens passaram dois anos desenvolvendo a fórmula com testes em laboratórios e na indústria química. Cada lote que era lançado recebia uma aprimoração na fórmula para o aprimoramento do produto. Bala pronta, chegou a hora de posicionar a marca no mercado através da produção.
Desde abril deste ano, a produção do Dot Energy é feita por uma fábrica terceirizada e está disponível em forma de sachê, contendo duas balas, que são equivalentes a 1 energético em entrega de energia. O produto de 80mg contém 12 kcal, e costuma agir de 2 a 5 min, em comparação com o energético tradicional, que age de 15 a 30 min. As balas energéticas também atrai por ser zero açúcar e com sabor de menta.
Tanto sucesso que o produto chamou a atenção do Shark Tank Brasil, reality pioneiro com magnatas interessados em dar apoio financeiro a grandes ideias de empreendimento.
“A gente recebeu na nossa última semana no nosso Instagram, mais de um milhão de acessos por conta do programa. Fomos o primeiro episódio da estreia da temporada, então foi espetacular. A gente recebeu quatro propostas dos cinco sharks. Em seguida, das quatro propostas, vieram duas propostas de dois sharks. A gente aceitou a de Monique Evelle e do Caíque, que tem sido uma dupla sensacional. A gente teve um boom enorme de vendas na última semana, um monte de distribuidores entrando em contato, que a gente vai conseguir expandir para o Brasil inteiro no próximo mês”, continuou ela.
O negócio funciona em modelo B2B e B2C, ou seja, é vendido para empresas como distribuidores e estabelecimentos e também para o consumidor final. “A gente acaba tendo uma comunicação muito direta em rede social e se comunica muito com o consumidor diretamente. Precisávamos disso também, mas ao mesmo tempo, por ser um produto acessível é um produto de volume e a gente já vende no site e atraiu mais pessoas depois do programa.
A TARDE