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domingo, 13 outubro, 2024

Mais de 30 famílias tiveram que deixar as casas durante combate ao incêndio no Jardim Limoeiro

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Considerado, pela Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil (Compdec), como um dos maiores incêndios ocorridos em Camaçari nos últimos anos, o fogo que atingiu um depósito de materiais reciclados no bairro Jardim Limoeiro, na tarde desta quarta-feira (17/1), alcançou grandes proporções em poucos minutos. Mais de 30 famílias, que residem nas proximidades do local, tiveram que ser evacuadas da área.

O coordenador da Defesa Civil, Ivanaldo Soares, explicou que a medida adotada de retirar os moradores, se deu devido ao risco de intoxicação provocado pela fumaça densa, que resulta da queima do material plástico. “Tiramos os moradores das casas porque a densidade da fumaça estava muito forte. Caso essa nuvem baixe, e atinja as residências, o risco à vida é muito grande, pois a fumaça do plástico é extremamente tóxica”, justificou.

Ainda, de acordo com Ivanaldo, o incêndio, que atingiu milhares de big bags – sacolas grandes –, geralmente utilizadas para armazenamento de materiais de reciclagem, pode ter sido originado em um terreno vizinho onde funcionava uma fábrica de produtos alimentícios. “Passamos por aqui mais cedo e identificamos o incêndio na vegetação. Acionamos a equipe para vir debelar o fogo. Porém, quando chegamos, vimos que as chamas já haviam atingido o depósito. Quando a gente fala para não praticar queimadas em vegetação, é para evitar coisas como essa”, destacou o coordenador.

Entre as medidas adotadas pela equipe da Defesa Civil, que atuou em conjunto com o 10° Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Camaçari, está o resfriamento do local para diminuir a temperatura. “Estamos aqui, com carros-pipas abastecendo os caminhões dos bombeiros. Nosso plano de ação inicial é fazer o monitoramento e evitar que o fogo se expanda e atinja as residências. Já solicitamos, junto à Seinfra [Secretaria da Infraestrutura], retroescavadeiras para nos ajudar na movimentação desses materiais”.

Ao voltar do trabalho no final da tarde, Hiago Oberlândio, morador de uma das casas situadas no entorno do incidente, foi surpreendido com a notícia de que, por enquanto, precisará ficar na casa de amigos ou de parentes até que a situação seja controlada. “Agora, não tem o que fazer, além de esperar. Entendo que a medida é necessária, então vou seguir a orientação. Tomara que amanhã tudo esteja resolvido”, comentou o engenheiro de produção, que reside no local há poucos meses.

A orientação da Defesa Civil para as pessoas que inalaram fumaça, é que procurem uma unidade de saúde para verificar as condições. “Pois, elas podem ter a sensação de que vão desmaiar, ou mesmo, chegar a desmaiar de fato. Outras tendem a se sentir sufocadas ou com alguma dificuldade respiratória. Nestes casos, devem procurar atendimento médico urgente”, orientou Ivanaldo, ao completar, “esperamos que isso não aconteça. Por isso, como medida de prevenção, achamos melhor retirar as pessoas do local”.

A expectativa das equipes é que o trabalho de combate ao incêndio dure alguns dias, em virtude da alta capacidade inflamável do resíduo plástico e da grande extensão da área, que foi estimada em cerca de 20 mil metros quadrados (m²).

Também participam da ação, agentes da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) e funcionários da empresa Neoenergia Coelba, que desligaram a rede elétrica para evitar curtos-circuitos, no caso das chamas atingirem a fiação.

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NM

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