O poeta Manoel de Barros morreu nesta quinta-feira (13), aos 97 anos, informou a assessoria de imprensa do hospital Proncor, em Campo Grande (MS). A causa da morte, que aconteceu às 8h05, ainda não foi divulgada.
Barros nasceu em Cuiabá (MT) em 1916, mas viveu por muitos anos em Corumbá (MS), até se transferir para Campo Grande, onde vivia atualmente. Sua vida acadêmica se deu no Rio de Janeiro, onde se formou em Direito em 1941. Passou, também, temporadas em Nova Iorque, Paris, Itália e Portugal.
Escreveu seu primeiro poema aos 19 anos e publicou o livro de estreia, “Poemas Concebidos Sem Pecado”, em 1937, em pequena tiragem, apenas para alguns amigos.
Cronologicamente associado à chamada geração de 45, Barros tomou dela o gosto pela leitura do clássicos da literatura internacional e por linguagem eloquente. No entanto, na evolução da obra, houve a progressiva incorporação de termos coloquiais e de elementos do ambiente pantaneiro onde se estabeleceu com a mulher, Stella, tornando-se fazendeiro.
Entre seus livros mais conhecidos estão “Livro Sobre Nada” (1996), “O Guardador das Águas” (1989) e “O Fazedor do Amanhecer” (2001), estes dois últimos premiados com o Jabuti. Também recebeu o Prêmio Orlando Dantas em 1970 e o Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura em 1998, entre outros.
Seus livros foram publicados em Portugal, Espanha, França e Estados Unidos. O escritor foi tema do premiado documentário “Só Dez Por cento é Mentira”, de, Pedro Cezar.
Fonte: Tribuna da Bahia