Filho da deputada Ana Arraes e do escritor Maximiano Campos, o economista Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em 10 de agosto de 1965 em Recife. Campos é neto de Miguel Arraes, que construiu carreira política no Nordeste ao governar Pernambuco por três vezes e se tornar um dos principais expoentes da esquerda brasileira.
Campos iniciou sua carreira política ainda na faculdade em 1985, quando assumiu a presidência do Diretório Acadêmico do curso na Universidade Federal de Pernambuco. Um ano depois, Campos participou da campanha que levou seu avô, Miguel Arraes, de volta ao governo de Pernambuco. Com a vitória, Campos assumiu a chefia de gabinete.
O candidato entrou no PSB em 1990 para concorrer e ganhar seu primeiro mandato de deputado estadual. A chegada ao Congresso Nacional ocorreu em 1994, quando recebeu 133,3 mil votos e foi o segundo candidato mais votado do Estado para deputado federal.
Campos, porém, volta para o Estado de Pernambuco em 1995 para assumir a secretaria de Governo e, depois, em 1996, a secretaria de Fazenda.
Em 1998, vence eleição para deputado federal com 173,6 mil votos e volta ao Congresso Nacional. Em 2002, se reelege e se destaca pela dedicação à aprovação das reformas da Previdência e Tributária no governo Lula, do qual foi um dos principais articuladores. Em seus mandatos, participou de importantes CPIs, como a do Roubo de Carga e do Futebol Brasileiro.
Entre os projetos de lei de autoria de Campos estão o uso dos recursos do FGTS para pagar curso superior de trabalhador e seus dependentes e a tipificação do sequestro-relâmpago como crime no código penal.
Em 2003, Campos deixa o Congresso para assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia no governo Lula. Sua gestão na pasta ficou marcada, entre outros casos, pelo programa de biossegurança, que permite usar células-tronco embrionárias para fins de pesquisa.
Campos se tornou presidente nacional do PSB em 2005 e, um ano depois, se licenciou do cargo para disputar o governo de Pernambuco. Campos derrotou Mendonça Filho (do então PFL) e assumiu o cargo. Em 2010, foi reeleito ainda no primeiro turno, com 82,83% dos votos válidos.
Em 2012, durante as eleições municipais, Campos ganha destaque no cenário nacional ao conseguir eleger um grande número de prefeitos não só no Nordeste, seu reduto eleitoral, mas também em cidades importantes como Campinas (SP), com Jonas Donizette; Cuiabá (MT), com Mauro Mendes Ferreira; e Belo Horizonte (MG), com Márcio Lacerda.
Em outubro de 2014, Campos deixa o cargo de governador para disputar a Presidência da República. Em junho, o PSB oficializou, após convenção partidária, o nome de Campos na chapa que vai concorrer ao Planalto, que tem a ex-senadora Marina Silva como vice. Para a eleição, Campos terá o reforço de cinco partidos na coligação: PHS, PRP, PPS, PPL e PSL.
Fonte: R7