Em apenas quatro dias de Carnaval, a Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar) registrou 120 ocorrências envolvendo banhistas. Dessas, 70 foram no Circuito Dodô (Barra-Ondina) e 21 no trecho entre as praias de Jardim de Alah e Aleluia (norte).
Em 35 anos, a Salvamar atua no Carnaval como um reforço para os bombeiros. Este ano, o orgão trabalha com o número total de profissionais que soma 262 salva-vidas.
Especialmente para o período do folia, foram instalados 58 postos de trabalho espalhados por toda orla de Salvador. Destes, sete se concentram no Circuito Barra-Ondina.
Para fortalecer a vigilância, que funciona 24 horas, a equipe conta ainda com dois salva-vidas que realizam a ronda em uma moto aquática.
Morte
Entre as 120 ocorrências registradas, as mais graves foram de um óbito e uma vitima de grau 4, resgatado com sinais vitais fracos, mas que foi atendida pela equipe e passa bem.
Em cada posto de atuação, cinco ou seis salva-vidas são responsáveis por fazer prevenções e resgates. O salva-vidas Jou Alexandre assinala: “A prevenção evita até 85% dos acidentes. Por isso, nos preocupamos em tomar medidas para que o número de vítimas diminua. Isto inclui atenção com as marcações realizadas através das bandeiras vermelhas. Além disso, voltar as campanhas educativa, ensinar as crianças, deste a escola, a conhecer as medidas de segurança para o mar, cursos de primeiro-socorros e formar mais pessoas capacitadas para o trabalho”, sugere.
Segundo o coordenador da Salvamar, João Luiz, o resgate de pessoas que entram no mar embriagadas é recorde, principalmente na praia da Barra, no Circuito Dodô. “A ingestão de bebidas alcoólicas diminui os reflexos”, explica o coordenador do serviço.
A comerciante Marisa Passos passou por um susto na noite de sexta-feira, quando resolveu passear na praia com seu irmão, Ricardo Passos. “Após curtir o circuito do Carnaval, resolvemos andar um pouco na praia e me distraí com umas amigas. Quando percebi, meu irmão estava no meio do mar, completamente bêbado”. Marisa contou que se desesperou ao ver o irmão, mas antes que pudesse procurar por ajuda, um deles já estava indo resgatar Ricardo. “Se beber, não dirija e, também, não entre no mar”, advertiu Marisa após o grande susto.
Além de evitar bebidas alcoólicas antes do mergulho, João Luiz oferece como dicas de segurança sempre que possível, preferir locais assistidos por salva-vidas; respeitar as bandeiras de sinalização; não confiar demais em suas habilidades; procurar não ultrapassar profundidades superiores à cintura e evitar o banho em locais com correnteza.
O coordenador afirmou também que é importante, após as refeições, os banhistas aguardarem no mínimo duas horas antes de entrar na água.
Fonte: A Tarde