Mais um capítulo da crise do Hospital Espanhol de Salvador veio à tona nas últimas semanas. Desta vez, cerca de 600 funcionários das áreas administrativa e técnica estão com os dias contados na instituição. Isto porque os 290 leitos originais da unidade serão reduzidos a 150, resultando na redução da folha de pagamento, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Santas Casas, Entidades Filantrópicas, Beneficentes e Religiosas e em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado da Bahia (SindiSaúde Rede Privada).
Além disto, a proporção entre conveniados e pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) percorrerá o caminho inverso da realidade atual. A maioria dos atendimentos agora será feita pelo SUS, que diminuirá a arrecadação do hospital.
De acordo com o Diretor do SindiSaúde, Jamilton Góes, a proposta do sindicato é que o Hospital Espanhol implantasse um plano de demissão voluntária. Entretanto, de acordo com a instituição, esta proposta alcançaria pelo menos 900 funcionários que desejavam sair, superando a meta de 600 demissões.
“Como eles não iam pagar a rescisão dos trabalhadores, nós fomos até a Procuradoria Regional do Trabalho para garantir o pagamento do FGTS e seguro desemprego. Muita gente estava desde maio sem receber salário, então isto ajudaria estes demitidos”, explica o sindicalista.
Somente nesta semana, 61 funcionários foram encaminhados ao sindicato para homologar a demissão. Até agora foram 80 homologações.
A reportagem do Portal A TARDE tentou contato com a diretoria do hospital, mas todos os telefones estavam ocupados.
Fonte: A Tarde.