O velório de Paulinha Abelha reúne amigos, familiares e fãs da cantora em Aracaju, Sergipe, na manhã desta quinta-feira (24). A cantora, com 30 anos de carreira musical e há quase 20 no grupo Calcinha Preta, morreu aos 43 anos de idade na quarta-feira (23). O velório, iniciado na madrugada, foi aberto ao público às 7h da manhã.
Foto: Reprodução
A cerimônia acontece no Ginásio Constância Vieira. O local tem capacidade para 7 mil pessoas, mas está limitado a 1 mil pessoas por conta da pandemia da Covid-19.
Hospitalizada desde o dia 11 de fevereiro, em Aracaju, Paulinha foi diagnosticada com problemas renais logo depois de chegar de uma turnê que fazia com o grupo, em São Paulo. Ela estava internada em coma profundo, devido a problemas renais, no Hospital Primavera.
Segundo comunicado, Paulinha morreu às 19h26 “em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico”. O hospital informou ainda que a cantora teve uma série piora no quadro neurológico nas últimas 24 horas, o que deu início ao protocolo do diagnóstico da morte encefálica.
DESPEDIDAS
Paulinha Abelha terá ainda um segundo velório na sexta-feira (25), entre 9h e 14h, no Ginásio de Esportes José Maria, em Simão Dias (SE), cidade natal da cantora. O sepultamento contará apenas com a presença dos familiares e será realizado na tarde de sexta.
A prefeitura de Simão Dias decretou luto oficial pela morte da cantora. “Ela só transmitia coisas boas pra gente. É um momento difícil. Não só pra gente, mas para os fãs. Mas foi assim que Deus quis. Vamos aceitar”, disse José, tio de Paulinha Abelha.
Cronologia da internação:
- 11 de fevereiro – A cantora Paulinha Abelha foi hospitalizada em Aracaju depois de chegar de uma turnê com a banda Calcinha Preta em São Paulo. A internação foi para tratar de problemas renais, mas a causa não foi divulgada;
- 14 de fevereiro – O quadro da cantora se agravou e ela foi transferida para a UTI. A partir daí, passou a fazer diálise;
- 17 de fevereiro – O boletim médico desse dia informou que Paulinha estava em coma e, por causa da instabilidade neurológica, não tinha condições clínicas suficientes para a transferência. No fim da noite a situação mudou e ela foi transferida para o Hospital Primavera, na Zona Sul de Aracaju, para fazer novos exames renais;
- 18 de fevereiro – O boletim médico informou que a artista permanecia em coma, clinicamente estável, com quadro de infecção controlado e respirando com o suporte de aparelho. A assessoria da cantora disse ainda que estava descartada a possibilidade de morte cerebral, e que naquela tarde ela passaria por mais uma sessão de hemodiálise. Segundo a assessoria, Paulinha estava sendo submetida a um novo tratamento, que só deveria apresentar resposta em 72 horas. Com relação à transferência para hospital de outro estado, a assessoria informou que não havia previsão de quando poderia acontecer;
- 19 de fevereiro – No fim da manhã do sábado, novo boletim informava que após a investigação com exames complementares, foi afastada a possibilidade da cantora estar com “doenças infecciosas de interesse epidemiológico para a comunidade”. O documento não trouxe mais detalhes sobre quais doenças seriam essas. À noite, os médicos informaram que ela estava intubada e em coma persistente;
- 20 de fevereiro – Segundo o boletim médico do domingo, a cantora apresentou quadro neurológico grave e permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela também continuava em coma e intubada;
- 21 de fevereiro – na segunda-feira, a artista seguia com quadro neurológico grave, sem sinais de instabilidade hemodinâmica, respirando com a ajuda de aparelhos e necessitando de diálise.
- 22 de fevereiro– Na terça, de acordo com o boletim, ela permanecia com o quadro neurológico grave inalterado, sem necessidade de medicamentos para ajuste da pressão, respirando com a ajuda de aparelhos e necessitando de hemodiálise para ajuste da função renal. No final da tarde, os médicos que acompanhavam a cantora concederam entrevista coletiva e definiram o estado de coma dela com o nível 3 na Escala de Glasglow, que se caracteriza como o mais profundo.
- 23 de fevereiro- O último boletim divulgado pelo hospital, no começo da tarde de quarta-feira informou que a cantora permanecia em coma com quadro neurológico grave inalterado, respirando com a ajuda de aparelhos, fazendo hemodiálise e em monitoramento contínuo das disfunções neurológica, renal e hepática. À noite, o hospital emitiu a nota de falecimento.
Fonte: G1