Um estudo publicado pela revista Nature revela que 85,3% dos brasileiros estão dispostos a se vacinar contra a Covid-19 se “um imunizante comprovadamente seguro e eficaz estiver disponível”. O porcentual brasileiro de aceitação é o segundo mais alto do mundo. Fica atrás apenas do da China, onde chega a 88,6%.
O levantamento divulgado na Nature envolveu especialistas dos Estados Unidos e da Europa. Eles analisaram as respostas de 13,4 mil pessoas nos 19 países mais atingidos pela pandemia. O objetivo era descobrir qual seria a potencial hesitação global diante de uma vacina. Os números gerais mostram que 72% dos entrevistados aceitariam o imunizante. Os demais 28% o recusariam ou hesitariam em tomá-lo.
Saúde não pode ser levada para a seara político-ideológica. Presidente, governadores e prefeitos devem fazer o que é melhor para a população, sempre tendo como base a ciência. Acreditamos que nenhum gestor seria capaz de aplicar um imunizante na população se não for comprovada a sua máxima segurança.
As pastas da Saúde, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, precisam estar sempre entre as prioridades de cada governo.
No momento que atravessamos, é imperativo, mais do que nunca, salvaguardar vidas. Já perdemos mais de 155 mil brasileiros, e os cientistas ao redor do mundo travam uma luta contra o tempo para trazer um imunizante, na busca para conter uma tragédia ainda maior.
Estamos vendo uma segunda onda se formar na Europa. Precisamos, sim, de uma vacina urgentemente, seja russa, chinesa, americana, britânica, de qualquer parte do mundo. O que não podemos mais é acrescer os dados estatísticos que já ceifaram centenas de milhares de vidas no Brasil e mais de 1 milhão em todo o mundo.
Outubro da consciência
A ultrassonografia, junto com a mamografia, está entre os exames que foram negligenciados por muitas mulheres durante a pandemia. O Outubro Rosa clama por essa consciência. A médica, do Grupo CAM, Sônia Brandão, lembra que as pacientes com mamas densas devem fazer antes dos 40 anos. “O exame de ecografia mamária, além de avaliar alterações benignas das mamas, tem um papel importante na detecção de nódulos suspeitos, onde a densidade mamária dificulta o estudo com mamografia”, explica. A mulher precisa manter as consultas em dia com o ginecologista ou mastologista, os quais saberão solicitar exames de imagem específico,s de acordo com os achados clínicos, idade e histórico familiar, conduzindo o tratamento de forma adequada.
Telemedicina
O médico e presidente da Associação Bahiana de Medicina – ABM, Robson Freitas de Moura, que encerra o seu mandato no próximo dia 4, reforça que, durante a pandemia, os médicos estudaram mais no sentido de entender os mecanismos da doença, diminuindo mortes e internações em UTIs. Nesse aspecto, ele cita uma aliada aos profissionais. “A telemedicina é uma tendência que veio para ficar, mas precisa ser feita de uma forma ética e responsável”, enfatiza.
Nova técnica
Todo cuidado é pouco, por isso que, aos primeiros sintomas é importante fazer o teste para a Covid-19. Casos um pouco mais complexos acabam levando à hospitalização, e para evitar isso, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estudam uma metodologia que permite prever, com um simples exame de sangue, o risco de um paciente diagnosticado vir a desenvolver complicações. A técnica consiste em analisar o conjunto de proteínas presentes no plasma sanguíneo para descobrir se corresponde a um padrão de “alto risco”.
Destaques
Home Care
A médica gastroenterologista Cristiara Allem assume a gestão da Atenção Domiciliar da S.O.S. Vida, empresa especializada em Home Care.
Mutirão Novembro Azul
O Mutirão de Prevenção ao Câncer de Próstata vai atender a 100 pacientes, em duas etapas, 3 e 7 de novembro, na Fundação Lar Harmonia, em Piatã.
SOCORRO
– Uma segunda onda pode acontecer até o fim do ano no Brasil. Na Europa já é uma realidade e o alerta para o risco da volta já amedronta outras localidades.
– “Vacina obrigatória só para cães”, diz Bolsonaro. Nenhum demérito à causa animal, mas o ser humano deveria ser a prioridade. Vacina pode salvar vidas e evitar novas ondas de contaminação.
– O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil em 2020.