“As últimas notícias acabaram comigo. Depois da prisão da Monique, os diálogos do celular com a Thayna (a babá de Henry). A Thayna, dona Rosângela (avó materna de Henry) e a própria Monique tiveram várias oportunidades de me falar (sobre as agressões) e não me falaram.”
Leniel se lembra que, na quarta-feira anterior à morte do menino (dia 4 de março), fez uma chamada de vídeo para Henry. Ele estava na casa da avó materna, em Bangu, zona oeste do Rio, e, durante a conversa com o pai, disse que não queria voltar para casa, porque “o tio machuca”.
“Na hora eu falei para dona Rosângela (mãe de Monique): tá vendo, dona Rosângela, como não é coisa da minha cabeça? Olha o que o Henry está dizendo. Ela respondeu: ‘Ah, Leniel, esquece isso. Ele acabou de voltar da psicóloga. Ele está fazendo sessão para isso. Ele é muito inteligente. Isso não está acontecendo. Inclusive a babá está aqui ao meu lado’”, contou o engenheiro, ao RJTV.
Leniel disse ainda, que Monique teria ligado para ele uma hora depois para falarem sobre a sessão com a psicóloga. O engenheiro contou que cobrou da mãe do menino sobre a frase “o tio machuca”.
“Monique me respondeu: ‘Esquece isso, Leniel. Trabalha aí tranquilo. Isso não existe. A Thayna foi contratada para isso. Ela fica com ele a manhã inteira e só sai quando eu chego’.”
Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) encontraram, durante a perícia complementar realizada no apartamento onde Henry Borel Medeiros morava com a mãe e o padrasto, no último dia 29 de março, uma outra câmera de monitoramento, ainda na caixa, nunca usada, no quarto do menino.