Alguns frentistas dos postos de combustíveis da sede e orla de Camaçari também aderiram à greve iniciada nesta segunda-feira (04), na capital baiana e em outros municípios do estado. Muitos motoristas que encontraram os trabalhadores com os braços cruzados tiveram que se deslocar para outro estabelecimento a fim de abastecer o seu veículo.
Segundo um dos diretores da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Bahia (CTB), que preferiu não se identificar, a greve deve continuar, caso não haja um acordo. “Vamos dar continuidade à paralisação, caso não tenhamos nossas reivindicações atendidas. Pode durar o tempo que for, a greve continuará”, disse. Ainda segundo ele, não há porque os patrões não atenderem aos trabalhadores, já que os valores dos combustíveis praticados na região são exorbitantes. “Em Candeias, por exemplo, onde temos uma grande refinaria, o valor do combustível é muito caro, um absurdo”, acrescentou.
A reunião de negociação entre Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba) e o os donos dos postos, realizada nesta segunda-feira (04), terminou sem acordo. O sindicato dos patrões ofereceu 7% de reajuste, mas os frentistas foram irredutíveis e mantiveram a proposta de aumento de 10%, decidido pelo sindicato juntamente com o Ministério Público.
Uma nova assembleia foi marcada para esta terça-feira. Outra rodada de negociações entre as categorias com o Ministério Público está marcada para quarta-feira. Até lá, o Sinposba informa que os frentistas devem manter a greve com 30% do efetivo.
Por Fernanda Melo