O padrasto da jovem baiana Eva Luana, 21 anos, que comoveu o país após relatar diversos abusos sofridos durante oito anos, foi condenado pela Justiça a 35 anos e 21 dias de reclusão em regime fechado e a um ano e três meses de detenção em regime aberto. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (14), pelo juiz Ricardo José Vieira de Santana. O processo continua em segredo de Justiça.
Ex-assessor técnico da Secretaria Municipal de Habitação de Camaçari, Thiago Oliveira Alves, 37, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) à Justiça e teve a prisão preventiva decretada em fevereiro deste ano. Ele foi condenado pelos crimes de lesão corporal no âmbito da violência doméstica, tortura e estupro de vulnerável.
Caso Eva Luana
A história da estudante de Direito de 21 anos, moradora de Camaçari chocou o Brasil no dia 19 de fevereiro deste ano. Ela, que é estudante de Direito, publicou um relato em seu Instagram, dividido em cinco partes sobre o pesadelo que viveu com o padrasto nos últimos oito anos. Estupros, agressões, torturas física e psicológica eram acontecimentos diários.
Eva falou diversas vezes sobre as consequências que sofria quando tentava defender a mãe – e vice-versa. A mãe dela também foi vítima das agressões.
“Eu tive medo porque, todas as vezes que uma defendia a outra, tomava uma proporção muito grande. A gente (ela e a mãe) se segurava e falava: uma hora a gente vai conseguir”, disse, emocionada, no programa Encontro, da Globo, no dia 25 de fevereiro.