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domingo, 8 dezembro, 2024

Bahia é 3º estado com mais mortes nas estradas

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O estudo mostra ainda que as colisões representam 60,1% dos 53.963 acidentes com vítima no Brasil.

 

Uma pessoa morre por dia em acidentes nas rodovias federais que cortam o estado da Bahia. Os dados foram divulgados,  ontem, no Painel da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Só no ano passado, segundo o levantamento, foram 456 óbitos nas estradas de  todo o estado, atrás apenas de Minas Gerais e Paraná.  Apesar de ainda muito alto, o número de mortes nas estradas federais baianas no ano passado  é o menor em 11 anos.  Em   2007, foram 633  mortes. O pico, foi registrado em 2012 (849 mortes).

O levantamento  leva  em conta os dados da Polícia Rodoviária Federal e se referem às ocorrências entre 2007 e 2018. O estudo revela ainda que, na Bahia, foram registrados 3.545 acidentes, com 2.895 vítimas – fatais e não fatais no ano passado.  O número também é o menor para a série analisada pela CNT. Em 2007, em todo o estado, foram 7.157 acidentes. Em 2014, o pico: 10.405.

As BRs 116 e 101, juntas, concentram 24% das mortes ocorridas nas estradas federais, com 649 e 615 mortos, respectivamente, e são campeãs também em registros de acidentes com feridos.

De acordo com o CNT, que leva em conta os dados de janeiro a dezembro de 2018, o Brasil registrou 69.206 acidentes nas rodovias federais, sendo 53.963 com mortos ou feridos. Destes, 16.420 (30%) ocorreram na BR-101 (8.896) e e na BR-116 (7.524). Em seguida, no ranking de mortes, estão a BR-153 (257 óbitos), BR-364 (201) e BR-381 (195). Em relação aos acidentes com vítima, em terceiro lugar aparece a BR-381 (2.675), seguida da BR-040 (2.606) e da BR-153 (2.176).

O estudo mostra ainda que as colisões representam 60,1% dos 53.963 acidentes com vítima no Brasil. Em seguida, aparecem a saída de pista (14,9%) e capotamento e tombamento (11,3%). A maioria das mortes (61,3%) do ano passado também aconteceram em colisões, destaca o CNT.

No Brasil, a média é de 190 acidentes por dia, com 14 mortes, indica o painel.

Bahia

De todas as regiões do Brasil, o Nordeste possui o maior índice de mortes. Na região, a cada 100 acidentes, 14,8 pessoas morreram. Em seguida estão o Norte, com 12, e o Centro-Oeste, com média de 10,4. O índice do Brasil é 9,8 mortes, para 100 casos.

No cálculo do ranking de mortes a cada 100 acidentes, a Bahia ocupa o 5º lugar, com 15,8. Na frente, estão o líder, Maranhão (25,2), seguido de Amazonas (19,1), Alagoas (18,6) e Tocantins (18,3).

Os números da Confederação indicam que 3.545 acidentes foram registrados em 2018 nas rodovias federais que cortam a Bahia, sendo 2.895 com mortos ou feridos. No ano passado, a cada 100 acidentes com vítima, 16 pessoas morreram.

Entre os anos de 2007 e 2018, a soma chega a 94.818, sendo 42.836 com vítima. Em média, 48 acidentes que vitimam pessoas aconteceram a cada 100 km de rodovia, no estado.

Mortes reduziram, diz PRF

Com um número de mortos consideravelmente menor do que mostra o CNT, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou uma tabela que contabiliza as mortes nas rodovias federais do país de 2014 a 2019.

As informações refletem uma diminuição quase linear de um ano para o outro. De acordo com o órgão, 2.172 morreram em 2018 – 785 pessoas a menos do que o registro de 2017, quando 2.957 vítimas fatais foram contabilizadas.

O número, contudo, é maior que as 1.944 registradas em 2016 – que, se comparado a 2015 (2.018), por sua vez, indica uma redução. O total de acidentes, 34.916, também é menor do que o que aponta o CNT. ,

Já no primeiro semestre de 2019, segundo a PRF, o Brasil registrou 16.107 acidentes, com 18.761 feridos e 988 mortos.

‘Acidentes não são acidentais’

Presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego do Estado da Bahia (Abramet-BA), Antônio Meira reiterou que os acidentes de trânsito ainda se apresentam como a segunda causa de morte não-natural que mais mata no Brasil – perdendo apenas para doenças. O especialista comenta que, na maioria dos casos, há uma ligação direta entre os acidentes e a saúde dos condutores.

“É muito complicado aprovar um projeto de lei que discute o aumento de tempo para renovar as Carteira Nacional de Habilitação (CNH), justamente porque há a necessidade de que esses motoristas sejam regularmente submetidos a avaliações. Esse tempo deveria diminuir, e não aumentar”, diz Meira, ao citar que o presidente Jair Bolsonaro estuda aumentar a validade das CNH de cinco para dez anos.

“Mais da metade desses acidentes, um número muito significativo, indica que eles estão relacionados ao sono, mal súbito, associação ao álcool, além do efeito de drogas psicoativas e da redução de visibilidade, ou seja, razões associadas direta ou indiretamente com a saúde”, completa.

O presidente da Abramet-BA destaca ainda que os acidentes “não são acidentais”, já que em muitos casos ocorrem devido à imprudência dos motoristas.

“É tudo uma questão de prudência com o carro e consigo. É muito mais barato fazer a prevenção. Além do mais, as vítimas de acidentes de trânsito são muito mais onerosas ao Estado, por exemplo, do que qualquer tipo de doença. São cirurgias ortopédicas, neurológicas, um dano para todas as partes”.

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NM

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