Carnaval tem aumento de 600% em agressões

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Apesar da sensação de segurança e dos 23 mil homens e mulheres, entre policiais militares, civis e integrantes do Departamento de Polícia Técnica (DPT), trabalhando ao longo dos circuitos e nos 20 municípios que realizaram o Carnaval, na folia desse ano houve um aumento de 600% das agressões por armas de fogo. Somente do último sábado até a madrugada de ontem (17), foram registradas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), 21 tentativas contra a vida, sendo duas fatais. Destes, dois casos ocorreram na Piedade, dois no Politeama, um no campo grande e o mais grave no bairro de Ondina. Houve aumento também nos casos de agressões por arma branca. No carnaval desse ano, 256 pessoas se tornaram vitimas desse tipo de armamento.

Para garantir a segurança na festa, houve um investimento maior que R$ 26,2 milhões, conforme anunciou o governador Jaques Wagner. Como reforço, foi mantida a mesma medida do ano anterior, preservando a utilização das tropas federais. Mesmo assim, tentativas contra a vida e homicídios tiveram um aumento considerável no circuito do Carnaval.

O primeiro caso fatal registrado aconteceu na madrugada de segunda-feira (16), no Campo Grande. O folião-pipoca, J.C.M, de 25 anos, foi conduzido pelos bombeiros ao Módulo de Assistência a Saúde do Teatro Castro Alves (TCA) por volta da 0h30, já inconsciente. Já na madrugada de segunda-feira(17), um menor de 16 anos foi considerado a segunda vítima fatal por agressão a arma de fogo nos circuitos da folia. Atingido no crânio, o jovem já chegou sem sinais vitais no posto de saúde do Morro do Gato.

Os casos de tentativas de homicídios quase sempre foram seguidos de uma briga no circuito carnavalesco. No último domingo, duas pessoas foram baleadas na Piedade. Deivison Henrique Moreira Lima, 20 anos, foi atingido na região do tórax e do abdômen, por volta das 0h30, após uma briga promovida por desavenças entre gangues rivais. Morador de Cajazeiras VII, Deivison foi socorrido por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), em estado grave. Além dele, Nilton Ferreira de Souza também foi baleado na perna, mas não corre risco de morte.

No mesmo circuito, João dos Santos Nascimento Junior, 27, também foi baleado na perna, após desentendimento com um grupo, que circulava no Campo Grande. A vítima foi atendida e levada para o Hospital Ernesto Simões Filho, no bairro de Pau Miúdo. Já na região da Casa D’Itália, Erick Santos Argolo foi baleado, após reagir a uma tentativa de assalto. Erick foi socorrido e levado para um posto de atendimento montado na região do Politeama. E Ondina, Romualdo dos Santos, 29, morador de Candeias, foi atingido na perna esquerda, nas imediações do PAF de Ondina. De acordo com informações da polícia, o atentado ocorreu após a vítima sair em defesa de assédio com a prima.

Após uma briga generalizada na Estação da Lapa, um jovem de 22 anos, de identidade ainda ignorada, tentou fugir dos policiais que estavam no local e se jogou no subsolo da estação, morrendo na hora. O acidente ocorreu por volta das 10h20 e a polícia ainda não sabe os motivos da confusão.

Agressões nos circuitos
No mesmo período, dois homens iniciaram uma briga, seguida de ameaça através de uma pistola PT55. A PM percebeu a movimentação e cercou os envolvidos, que foram detidos e levados para a delegacia. O caso ocorreu por volta das 21 horas do último domingo, no Campo Grande.

Brigas generalizadas também foram notadas durante a festa. Na região da Barra, próximo ao local de saída dos trios, o publicitária Ana Carmen, 39, curtia a festa quando percebeu uma tentativa de roubo. “Ele passou a mão no bolso e tentou pegar meu celular”, disse aos policiais, que imediatamente, enquadraram o suspeito. Como nada foi encontrado, o homem foi liberado, mas voltou, minutos depois, para “se vingar” da acusação. Após xingamentos, contra a jovem, o irmão da publicitária percebeu a ação e tentou agredir o homem. A confusão só teve fim, após a chegada da polícia.

Diante da quantidade de casos, a prefeitura garantiu atendimento ágil às vítimas de traumas na face no carnaval. No primeiro dia de folia, as seis equipes de cirurgiões plantonistas, que operam 24 horas, realizaram 12 atendimentos. O módulo assistencial Sabino Silva liderou as ocorrências com 05 casos, seguido dos postos Ademar de Barros (03), Piedade (03) e Farol da Barra (01). Os casos de traumas que são tratados em até 30 minutos após a ocorrência, tem redução de 90% de riscos de deformações faciais irreversíveis. “A atenção prestada no momento do trauma é muito importante. Além de diminuir os riscos para o paciente, diminui também os custos do Sistema Único de Saúde com hospitalização, uma vez que na maioria dos casos não há necessidade de transferência para emergências” afirma Dr. Miguel Setúbal Andrade, responsável por uma das equipes de cirurgiões dentistas.

Completando sete anos de assistência ao folião – o serviço foi inaugurado no ano de 2009 com apenas uma equipe – os cirurgiões bucomaxilofaciais já realizaram mais de 1650 atendimentos no período carnavalesco durante esse tempo.

Turista é estuprada por taxista
De acordo com a polícia, a vítima pegou o táxi em Ondina com destino ao bairro de Pernambués, onde está hospedada, na casa de parentes. Durante o trajeto, a moça teria dormido e quando acordou, estava amarrada no banco e o carro parado na Rua Trobogy, no bairro de Piatã. O taxista a ameaçou com uma faca e a estuprou. Após o crime, o agressor deixou a vítima no local e fugiu.

A vítima, que acionou a polícia, foi atendida por policiais da 12ª Delegacia, e encaminhada à Delegacia do Turista, onde fez exames no Departamento de Polícia Técnica (DPT). A polícia já solicitou imagens das câmeras da região com o objetivo de identificar o agressor. “Suspeitamos que a passageira tenha pegado um táxi clandestino, porque até agora não temos nenhuma informação sobre placa ou alvará do veículo. Pedimos, inclusive, que quem possa ajudar com alguma informação entrar em contato conosco via WhatsApp, no telefone 9977-5135, ou no 118”, afirmou o secretário de Mobilidade Urbana, Fábio Mota.

O secretário lembrou ainda que não há ponto de táxi oficial da Prefeitura na Ademar de Barros montado para atender os foliões. Além disso, ele solicitou da Companhia de Governança Eletrônica (Cogel) imagens de câmeras colocadas na região para auxiliar na apuração do episódio. “Vamos trabalhar para tentar ajudar na punição do marginal”, acrescentou Fábio Mota.

Fonte: Tribuna da Bahia

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