Alvo do desejo da Embasa para ser a nova sede da empresa, o prédio da Odebrecht, localizada na Avenida Paralela, em Salvador, pode apresentar alguns entraves para a chegada da empresa. De acordo com apuração do Bahia Notícias, a sede possui um débito em dívidas vinculadas ao pagamento de IPTU, com a prefeitura de Salvador.
Recentemente, o BN apurou com fontes ligadas à Embasa que a possibilidade de chegada da empresa para o espaço já tem sido estudada e duas possibilidades têm sido cotadas pela companhia de águas e saneamento da Bahia. Inclusive, a Embasa ainda procura um espaço para acomodar sua nova sede em Salvador. Com chamamento público aberto até o dia 14 de agosto de 2023, a Empresa de Águas e Saneamento do estado quer analisar mais opções para decidir onde instalar as estruturas.
Já a sede da construtora, possui débitos referentes a quatro anos de contribuição, entre 2018 e 2021. No ano de 2018 está registrado R$ 1.779.083,63 em débito, 2019 com R$ 1.677.007,30, em 2020 com R$ 1.570.417,14 e em 2021 existe o passivo de R$ 532.807,54. O total aberto em boletos na prefeitura de R$ 5.559.315,61, sendo que em 2022, 2023 e a primeira parcela de 2024 estão quitadas.
Procurada pelo Bahia Notícias, a Novonor indicou que “não existe qualquer pendência efetiva”. “A empresa apenas exerceu o seu direito de questionar o lançamento feito pelo Município, quitando integralmente a parcela incontroversa. A discussão encerrada na esfera Administrativa se refere a parcela controversa e, mesmo assim, ainda cabe questionamento na esfera Judicial”, apontou em nota, ao indicar que busca a revisão do valor cobrado pela prefeitura.
Já a prefeitura de Salvador, através da Secretaria da Fazenda (Sefaz) sinalizou que a pasta “em razão das normas do artigo 198 do Código Tributário Nacional e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), está vedada a divulgação da situação econômica ou de natureza fiscal de contribuintes e pessoas jurídicas”.
ESPAÇO DA ODEBRECHT
Em 2019, a Odebrecht S.A. já tinha indicado a vontade de vender o complexo de três edifícios do escritório. A medida seria para reduzir custos e endividamento para a empresa, que protocolou em 2019 o maior pedido de recuperação judicial da história brasileira, ao alcançar dívidas superiores a R$ 98 bilhões.
A empresa também possui uma sede em São Paulo. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, os imóveis na capital baiana têm 8,3 mil m² de área construída, em terreno de 26,5 mil m². Ele também abriga parte de uma reserva de Mata Atlântica.
Dentro do espaço ainda existe um centro de memória da empresa, com núcleo cultural e biblioteca.
Bahia Notícias
