Nesta quinta-feira (26), o prefeito Elinaldo Araújo (DEM) afirmou que novos benefícios serão criados em Camaçari para auxiliar famílias neste período de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em que muitas atividades econômicas e educacionais estão paralisadas.
“Nós já estamos organizando o nosso ‘cartão merenda’, que os nossos alunos também vão ter uma cesta mensal”, confirmou em entrevista à Camaçari FM. A iniciativa surge no momento em as aulas foram suspensas por conta da pandemia.
O valor de R$ 45 por mês será disponibilizado em cartão magnético, que só poderá ser utilizado na compra de produtos alimentícios. As compras poderão ser feitas no comércio de bairro.
Outro benefício é a distribuição de cestas básicas. “Nós iremos também ter cerca de 20 mil cestas [básicas] para doar para a população. Eu queria aproveitar para pedir à população tranquilidade, que os benefícios irão chegar a todas as portas”.
No entanto, para que os projetos sejam colocados em prática o município vai enviar à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um pedido de decreto de calamidade pública, que autoriza gastos no combate à Covid-19.
Medidas
Durante a entrevista, Elinaldo ainda afirmou que é contrário ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que não pretende afrouxar as medidas tomadas sem o aval de autoridades competentes de saúde.
“Eu não concordo com a colocação do presidente Bolsonaro. Eu acho que ele não é especialista da área, até porque o ministro Mandetta, de Saúde, tem orientado que nós temos que seguir a orientação da OMS, Organização Mundial da Saúde. Ontem eu vi já indicativos que o Brasil começa a descer a curva. O país está conseguindo combater o coronavírus”, defendeu.
Camaçari continua com apenas um caso confirmado da doença e 19 estão em análise. “Vem demonstrando que as nossas medidas foram corretas. Agora, não podemos achar que o vírus acabou, que não temos vírus. Até porque nós estamos preparando o município se por acaso tiver uma crise maior”.
O município vem se preparando para atender um maior número de pacientes, caso novos casos sejam confirmados. O Centro Intensivo de Combate ao Coronavírus, será implantado na antiga Clirca, com 10 leitos de UTI, seis leitos semi intensivos e cinco apartamentos. O investimento é de R$ 11 milhões em seis meses.