Trabalhadores da Bahiagás iniciaram, nesta quarta-feira (19), uma paralisação por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante a assembleia realizada no auditório do Sindiquímica, no sábado dia 08. Nessa reunião, a categoria também rejeitou a contraproposta da empresa, a qual ofereceu reajuste salarial de 8,42%. Os trabalhadores consideraram a contraproposta da Bahiagás muito aquém do que se está buscando, por isso, além de rejeitar a proposta decidiram pela greve. Para garantir a negociação, o Sindiquímica escolheu 15 itens prioritários – de 25 da pauta original – para fechar o Acordo Coletivo. Dentre eles, reajuste de acordo com a inflação e ganho real de 2,38%; auxílio educação, adicional por tempo de serviço, implantação da cesta básica, reajuste do tíquete refeição, complementação do auxílio doença, auxílio farmácia, dentre outras reivindicações.
O processo de negociação da campanha salarial se arrastou por cinco meses, sem avanços para a categoria. A greve atinge as unidades da empresa distribuídas nas cidades de Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Itabuna, Mucuri e Eunapólis e pode afetar a distribuição de gás no estado. É muito grande a falta de sensibilidade da empresa com o pleito dos trabalhadores. Um estudo recente divulgado pela Revista Exame no qual a companhia é destaque nos indicadores econômicos do estado coloca a Bahiagás no quarto lugar com maior geração de riquezas por empregados na Bahia. Foi condecorada também com o prêmio de Destaque Global, que representa os melhores resultados conquistados e a maior pontuação somando todas as categorias da premiação. A estatal baiana apresentou o melhor desempenho do setor em todo o país durante o ano de 2014. Os bons resultados e crescimento expressivo, sendo premiada como a melhor concessionária na gestão de gás natural, em março deste ano, devem-se ao comprometimento dos empregados que esperam reconhecimento da Bahiagás. Mas não foi isso que aconteceu e por isso agora estão em greve.
Fonte: Ascom / Sindiquimica


