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segunda-feira, 14 outubro, 2024

Impasse entre Braskem e Petrobras pode paralisar unidade de Camaçari

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A Braskem, maior petroquímica brasileira, precisa renovar com a Petrobras um acordo de R$ 9 bilhões anuais, que envolve uma matéria-prima responsável por 70% dos custos da petroquímica no Brasil.

De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o contrato fechado entre as duas empresas para o fornecimento de nafta – derivado do petróleo usado na fabricação de resinas e principal insumo da Braskem – vence no próximo dia 28 de fevereiro. Sem validade, a Braskem afirma não ter garantia de que receberá a matéria-prima no próximo mês.

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A Braskem é a única compradora de nafta no país e maior fornecedora da indústria química. Segundo a companhia, que tem como sócios o grupo Odebrecht (38%) e a própria Petrobras (36%), se a situação chegar ao limite, três polos petroquímicos brasileiros podem ter de interromper a produção.

O impasse entre as empresas começou em fevereiro de 2013, quando a Petrobrás anunciou que iria mudar no ano seguinte as condições de um contrato assinado em 2009, com validade de 10 anos. O acordo prevê a entrega de 7 milhões de toneladas de nafta por ano à Braskem, um volume superior a R$ 9 bilhões, considerando as atuais cotações da nafta e do dólar.

Naquela época, a estatal decidiu usar a nafta de suas refinarias na composição de gasolina e, para atender à Braskem, passou a importar o insumo. Desde então, a Petrobrás tenta repassar à petroquímica o custo decorrente dessa importação.

A Braskem, que afirma que isso encareceria o custo da nafta entre 5% e 7%, não aceita pagar uma taxa adicional. O argumento da empresa é que ela está sendo onerada por uma decisão do governo de subsidiar a gasolina no País.

Sem conseguir chegar a um consenso, as duas empresas assinaram dois contratos aditivos. O primeiro, em vigor até agosto de 2014, estendia as condições de preço e entrega por mais seis meses. Já no segundo, que vale até o fim do mês, a Petrobrás garantia a entrega de nafta, mas o preço ficou em aberto. Desde então, a Braskem diz estar produzindo sem certeza de qual é sua margem de lucro: continua pagando à Petrobrás o valor previsto no contrato antigo, mas, em caso de aumento, terá de transferir a diferença retroativamente.

A reportagem tentou entrar em contato com o escritório da Braskem na Bahia, mas os telefonemas não foram atendidos.

Fonte: Bocão News

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