Após o assassinato do comandante da Força Quds iraniana, Qassem Soleimani (leia aqui), o principal órgão de segurança do Irã afirmou nesta sexta-feira (3) que os Estados Unidos serão responsabilizados.
“O regime dos EUA será responsável pelas consequências dessa aventura criminosa”, afirmou o Conselho Supremo de Segurança Nacional em comunicado divulgado pela mídia iraniana. “Este foi o maior erro estratégico dos EUA na região oeste da Ásia, e os EUA não escaparão facilmente de suas consequências.”
O general iraniano Qassem Soleimani, principal comandante da força de elite Quds da Guarda Revolucionária, ajudou o Irã a travar guerras por procuração em todo o Oriente Médio, inspirando milícias no campo de batalha e negociando com lideranças políticas.
O ataque
Soleimani foi morto após ataque aéreo dos Estados Unidos contra seu comboio em um aeroporto de Bagdá nesta sexta-feira. O Pentágono informou que o ataque visou impedir planos de ataques futuros do Irã. A ação também matou o comandante Abu Mahdi al-Muhandis.
Monitorado atentamente por EUA, Israel e Arábia Saudita, rival regional de Teerã, o general foi responsável por operações clandestinas no exterior e era visto com frequência nos campos de batalha guiando grupos xiitas iraquianos na guerra contra o Estado Islâmico.
Soleimani também estava encarregado da coleta de inteligência e de operações militares sigilosas realizadas pela Força Quds, e em 2018 desafiou o presidente norte-americano, Donald Trump, publicamente.
Os EUA designaram a Guarda Revolucionária como uma organização terrorista estrangeira em 2019, parte de uma campanha de pressão máxima para forçar o Irã a negociar seu programa de mísseis balísticos e sua política nuclear.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que o comandante iraniano Qassem Soleimani estava planejando matar muitos norte-americanos.
“O general Qassem Soleimani matou ou feriu gravemente milhares de americanos durante um longo período de tempo, e estava planejando matar muitos mais”, escreveu Trump em um tuíte.
Informações da Agência Reuters