Ainda no curso da Operação Faroeste, o ministro Og Fernandes citou relatório do Ministério Público Federal (MPF) que aponta que o falso cônsul da Guiné Bissau, Adailton Maturino dos Santos, irmão do vereador de Camaçari, Niltinho, tentou transferir veículos de luxo para a embaixada do país.
Maturino foi preso na semana passada e é investigado, acusado de integrar esquema de venda de sentenças e tráfico de influências no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Segundo o ministro, o falso cônsul tentou transferir veículos dos seguintes modelos: Porsche Cayenne, Porsche Panamaera, Mercedez Benz AMG, Ford Ranger e Jeep Renegade.
A investigação destaca que a transferência dos carros era uma tentativa de Adailton Maturino se tornar diplomata e garantir imunidade no sistema penal brasileiro, com o objetivo de conseguir uma espécie de “blindagem patrimonial”.
A esposa de Adailton, Geciane Maturino, também é investigada. A operação localizou “farta documentação” no escritório dela e que sugere lavagem de dinheiro, com “movimentações bancárias de dezenas de milhões de reais”. A Polícia Federal (PF) encontrou, ainda, diversos contratos entre a Geciane Maturino Sociedade de Advocacia e a JF Holding em valores milionários, além de uma “engenharia financeira” que sugere que a holding transferia valores para Geciane como se fosse empréstimos.
Os advogados de defesa do casal, Miguel Pereira Neto e Sóstenes Carneiro Marchezine, em comunicado, afirmam que “ao contrário da hipótese do Ministério Público Federal (MPF) eles seriam vítimas da atuação estruturada de grileiros profissionais que, há décadas, atuam no oeste baiano”.
Com informações do Metro1