Presente ao ato de diplomação dos eleitos, ontem, o governador Jaques Wagner (PT) disse, durante coletiva realizada no Centro de Convenções, que atuará em Brasília, junto à presidente Dilma Rousseff (PT). “Sei que estarei na Esplanada dos Ministérios, não sei que prédio. A única coisa que eu sei é que estarei na coordenação política do governo. É uma missão a mais. Em que ministério estarei ela ainda não me convocou. Devo estar com ela entre hoje e amanhã, mas creio que ela deve decidir o quanto antes”, afirmou.
Otimista, o petista crê em um ano melhor para a economia nacional, segundo ele, diferente dos que muitos pregam. “A economia já deu uma perspectiva de melhora. Eu creio que teremos um ano melhor no ano que vem. Temos que criar um ambiente melhor. Independente das notícias de escândalos, a vida fora disso continua. Temos um quadro de economia mundial em processo de recuperação”, disse.
O ainda chefe do Palácio de Ondina complementou o raciocínio em defesa da reforma política. “Toda crise deve gerar uma oportunidade e eu espero, a partir de agora, que alimentamos fortemente a imprensa, a cobrança em cima do Congresso para a Reforma Política. Eu vou voltar a dizer que se não mudar a máquina de se fazer política, vai ser de soluço em soluço, toda hora vai ter um problema, pois a estrutura tá podre e ela têm que ser mudada”, afirmou.
O petista também falou sobre os desafios da próxima gestão. “O ano que vem é muito importante. [Completam] três décadas de democracia ininterrupta no Estado brasileiro, e isso mostra o amadurecimento dessa democracia, que as instituições estão funcionando”, disse.
Sobre a eleição da Assembleia Legislativa e sua posição sobre o apoio do fim ou não da reeleição na Casa, o governador tirou o corpo fora. “Isso cabe aos deputados estaduais votarem uma emenda que tire a reeleição. É só colocar pra votar. Estou à vontade porque Marcelo Nilo (PDT) é meu amigo de sangue, mas eu tenho uma opinião e ele tem outra. Sou contra. Creio que tem que oxigenar, mas cabe perguntar aos partidos, inclusive de oposição”, discorreu.
“Mas, não vou meter, não sou eu que voto. São 63 deputados. Se eles concordam que está correto, continuem”, encerrou.
Fonte: Tribuna da Bahia