domingo, 16 mar 2025

Milane Magalhães: do bairro da Gleba B para o Mundo – Uma Jornada de Aventuras e Autoconhecimento

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Com uma paixão por viajar e explorar o mundo, a Camaçariense Milane Magalhães cresceu no bairro da Gleba B, onde moram seus pais. Formada em jornalismo, Milane há 6 anos leva uma vida de aventuras e descobertas.

A Camaçariense começou a desbravar o mundo, descobrindo não apenas novos destinos, mas também a si mesma.

“Minha primeira viagem sozinha foi para o Rio de Janeiro, um dos meus destinos dos sonhos no Brasil. Planejei cada detalhe, tirei coragem do fundo do coração e decidi passar meu aniversário lá. No fim da viagem, percebi que tudo tinha saído como planejado e descobri que poderia fazer isso sempre. Desde então, não parei mais”, relata Milane.

Em nossa conversa, Milane compartilhou suas experiências, os desafios enfrentados e o aprendizado adquirido em cada lugar por onde passou. A jornalista destaca que suas viagens vão além do simples prazer de conhecer novos destinos. Para ela, viajar é uma forma de autoconhecimento e uma maneira de se conectar com diferentes culturas.

Arquivo Pessoal

Confira a entrevista:

NOSSA METRÓPOLE: O que inspirou você a começar a viajar pelo mundo?

MILANE MAGALHÃES: O que mais me inspirou foi a conexão com as pessoas. No Rio, conheci pessoas de diversas partes do mundo e fiquei encantada com essa troca. Decidi vivenciar isso de perto e, em 2016, decidi fazer um intercâmbio social em um projeto de empreendedorismo para crianças em uma cidade do Peru. Essa experiência transformou minha vida. Passei quase dois meses morando com uma família local, dando aulas para crianças, conhecendo pessoas de vários países, aprendendo um novo idioma e visitando lugares inimagináveis. Percebi que o mundo era imenso e que eu precisava explorá-lo, me conectando com as pessoas, as culturas e comigo mesma.

NM- Quais foram os destinos mais surpreendentes que você visitou até agora?

MM É difícil escolher um lugar que me marcou mais, pois cada país, cidade e lugar tem algo especial. Porém, posso dizer que a Nova Zelândia é um país mágico, cada canto é deslumbrante. Também me apaixonei por Roma, Cusco e arredores, Barcelona, Cidade do México e Nova York.

NM- Você tem alguma experiência de viagem que mudou a sua visão de vida?

MM- Na Nova Zelândia, tive meu primeiro cargo de liderança. Fui uma das líderes de produção em uma fábrica de kiwi, algo totalmente diferente do que já havia feito na vida. Eu era responsável por mais de 50 pessoas de diversas partes do mundo, com milhares de idiomas diferentes. Consegui essa vaga por falar espanhol e português, além do inglês, que era o idioma local. Na época, meu inglês nem era tão bom, mas eles confiaram em mim. Depois dessa experiência, fiquei muito mais confiante e percebi que todo o tempo investido em aprender novos idiomas valeu a pena. Também percebi que o céu é o limite para um brasileiro, pois já nascemos treinados para tudo! Fui muito elogiada e tenho as portas abertas para quando quiser voltar.

NM– Qual foi o maior desafio que você enfrentou enquanto viajava para outro país?

MM – O idioma foi um grande desafio no início. Quando comecei a viajar, não falava nada de espanhol ou inglês. Como meu objetivo de viagem não era só turismo, mas uma conexão real com as pessoas, sem saber o idioma delas, isso dificultava, mas foi assim que aprendi: falando, vivendo, conhecendo, estudando e me expondo. Hoje posso me comunicar bem em dois idiomas, além do português.

NM-Você tem algum destino dos seus sonhos que ainda não teve a chance de visitar?

MM– Já viajei para muitos lugares que um dia foram sonhos, mas claro que ainda tem muitos que estão na minha lista de desejos como Indonésia, Angola, Islândia, Cuba, Terra Santa, Antártica, Maldivas, China… a lista é grande!

NM- Você já teve algum imprevisto que te fez pensar duas vezes sobre suas escolhas de viagem?

MM – Um dos momentos mais difíceis foi um assalto em São Paulo, onde levaram meu passaporte. Eu estava esperando o Uber para ir ao aeroporto, a caminho dos Estados Unidos, um dos países que mais sonhava em conhecer. O plano estava perfeito, mas como levaram meu passaporte, levaram também o visto dos Estados Unidos, que é super difícil de conseguir. Fiquei impedida de viajar, perdi dinheiro e ainda passei pelo trauma do assalto, vendo o sonho ir embora dessa maneira. Mas Deus sabia de tudo. Foi um momento difícil, mas recalculei a rota, tirei coragem da alma e segui para outro destino, também incrível, que me proporcionou muitos amigos e boas histórias para contar.

NM- Quais são suas dicas para quem quer começar a viajar mais, mas sente receio ou tem medo de viajar sozinho?

MM– Uma dica: planejamento! Eu sempre digo que é fundamental ter um bom planejamento financeiro e emocional. Enquanto você monta o roteiro, vai preparando o corpo e a mente para o que virá. Depois, estude bastante sobre o destino, assista a vídeos, converse e peça dicas a quem já foi, e contrate um bom seguro de viagem. Imprevistos acontecem, mas se for com um bom planejamento, não tem erro, e evita perrengues.

NM- De todas as lições que o mundo te ensinou, qual delas você considera a mais valiosa e que se aplica à sua vida pessoal?

MM- Eu diria que o mundo me mostrou que não existe um único jeito “certo” de viver a vida. Existem infinitas formas. O que é “normal” para uma pessoa ou cultura pode ser irrelevante para outra. Com todas as experiências que tive, como morar em um carro na Nova Zelândia, em um hostel na Croácia ou dividir uma casa com mais 7 pessoas na Irlanda, percebi que o mundo é gigante e plural. E com isso, cada novo destino também traz uma nova versão de mim mesma.

Redação Nossa Metrópole/ Vilsana Almeida

 

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Michele

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