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sábado, 5 outubro, 2024

‘Não serei juíza de um mundo caduco’, diz Cármen Lúcia, após aprovar regras contra uso de inteligência artificial nas eleições

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Declaração exclusiva dada ao Blog e ao Conexão GloboNews parafraseia Drummond; ministra aponta adequação do TSE às novas tecnologias.

 

“Estamos trabalhando no mundo de hoje. Então, o que posso lhe dizer, à maneira de [Carlos] Drummond, que disse: ‘Não serei o poeta de um mundo caduco’, é que também eu não serei juíza de um mundo caduco”. A fala é da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Foi ela a responsável pela aprovação de 12 resoluções nesta terça-feira (27), no TSE, que não só brecam o uso de inteligência artificial nas eleições, como marcam uma iniciativa de regulamentação das redes na disputa eleitoral.

“A Constituição do Brasil garante a democracia e, expressamente, com a realização de eleições com lisura, segurança e transparência. Mudam-se os modos [novas tecnologias], garantem-se os princípios da democracia”, completou.

As normas aprovadas ontem garantem, por exemplo, que as campanhas são obrigadas a sinalizar claramente ao eleitor o uso de inteligência artificial em suas peças e que é vedada a manipulação de falas que jamais foram ditas.

Mais: diante da inércia do Congresso Nacional, o TSE decidiu que os provedores e redes sociais são “solidariamente responsáveis civil e administrativamente” quando não removerem imediatamente conteúdos e conta que sabidamente atuem e preguem contra o Estado de Direito ou promovam grave ameaça e discurso de ódio.

G1.com

Foto: Fred Magno/O Tempo/Estadão Conteúdo

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