Com 1,89 m de altura, dono de uma beleza inconfundível, Filipe Lessa fez sua estreia no SPFW, no último dia (10), em São Paulo. Morador do bairro Camaçari de Dentro, Filipe de 26 anos atua na área da moda há 1 ano e meio.
A Revista Nossa Metrópole entrou em contato com modelo, que abordou detalhes importantes de sua trajetória profissional e realizações no mundo da moda, Filipe contou que representou a grife do estilista Lino Villaventura. “Atualmente, vim para São Paulo com passagem só de ida em busca de realizar novos objetivos e viver da moda em um lugar que respira moda no Brasil. E assim comecei a fazer os testes para os estilistas e marcas que desfilam no evento. Poder ter minha estreia na passarela para um dos maiores ícones da moda, o estilista Lino Villaventura foi extremamente especial para mim,” declara Filipe.
Ao falar sobre a participação em São Paulo, Lessa frisa que teve uma experiência incrível. Feliz e realizado com mais uma conquista, relatou que o SPFW, foi uma forma das pessoas, independente de gênero ou idade, entender seu trabalho. “Digo isso pela minha própria família, que nem sempre entende o que eu faço, mas sabe do que se trata esse grande desfile. Sei do meu proposito e não saí da Bahia ficando distante de familiares e amigos para perder tempo,” ressalta.
Durante esses 1 ano e meio, ele vem se destacando no cenário da moda e já fez participação em grandes publicidades na Bahia. Filipe, representou Camaçari no concurso Beleza Black, em 2023. O concurso reuniu cerca de 50 modelos negros da Bahia e, Camaçari foi muito bem representada por ele, que ficou em 1º lugar na Categoria Adulto, “Espero que a minha jornada possa inspirar outras pessoas pretas que, assim como eu, enfrentaram a diminuição da autoestima por nunca se ‘encaixarem em um padrão de beleza’ criado pela sociedade. Acredito que, além da beleza física, a beleza interior é o que verdadeiramente te torna bonito como ser humano. É ela que em conjunto com o profissionalismo te leva a lugares ainda mais grandiosos. Com humildade, respeito e educação, somos capazes de entrar e sair de qualquer lugar. Hoje, faço parte desse grupo que caminha para que futuramente outras pessoas possam correr. Fico feliz em saber que a minha história está sendo conhecida por mais pessoas da minha cidade”, diz ele.
Trajetória
Antes de entrar no mundo da moda, Filipe trabalhou durante 10 anos como recepcionista laboratorial, função esta que começou aos 16 anos. “Fui contratado pelo hospital e permaneci nessa função durante 10 anos. Ano passado, após já estar introduzido na moda, acabei me afastando. Também trabalhei como office boy, churrasqueiro, garçom e como social media”, conta Lessa.
Descubra um pouco mais sobre Filipe, e toda sua bagagem incrível, abaixo:
NM- Qual foi o “start” que te fez querer seguir a carreira de modelo?
FL-Aconteceu ainda durante meu último ano no hospital. Comecei a ir em locais públicos e ser perguntado se eu trabalhava como modelo por pessoas aleatórias. Quando isso aconteceu 3 vezes durante uma única semana, resolvi passar a visualizar de uma forma diferente e ver se realmente não era uma possibilidade que eu não conseguia me enxergar exercendo. Desde então, comecei a me colocar a caminho de me tornar realmente um profissional da área.
NM- Como foi o início?
FL– Entrei em contato com algumas lojas da cidade para ver se eu gostava de modelar, mas nenhuma delas me deu a oportunidade. Com isso, vi a possibilidade de expor meu lado empreendedor, abrindo minha própria loja online, a @camisetadasbr. Lá, pude, além de vender camisas durante a copa do mundo, também vender minha imagem como modelo.
NM- Quando decidiu ir para São Paulo, teve apoio da família? Você já estava convicto do que queria?
FL– Quando comecei a trabalhar com moda, já fui deixando minha família ciente dos trabalhos para os quais era chamado, até porque sabia que esse momento iria chegar. Com o tempo e trabalhos sendo vistos em redes sociais e propagandas de TV, foi aí que eles realmente começaram a acreditar que era possível. Até porque não são muito conectados às redes sociais. Hoje, estão mais “ligados” justamente por conta de tudo que compartilho. Isso fez com que começassem a acreditar e apoiar, mesmo sendo difícil por conta da distância e por eu ser filho único. Mas mesmo que não apoiassem, seguiria provavelmente com esse desejo sim.
NM- Qual seria o conselho que você daria para as pessoas que querem viver seus sonhos, mas têm medo ou receio…
FL– Quando você se permite dar o primeiro passo em busca dos seus objetivos, acredita no seu potencial e tem humildade para se colocar como aprendiz, independentemente de toda a bagagem que já possui. Experiência é sempre bem-vinda. Às vezes, o que é um número 6 para você pode ser um 9 para outra pessoa. Tudo é uma questão de perspectiva e ponto de vista.
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Por: Vilsana Almeida
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O quadro Nossa Gente é Sucesso faz parte da editoria da Revista Nossa Metrópole.