No quadro “Nossa Gente é Sucesso”, temos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre João Victor. Natural de Minas Gerais, ele se mudou para Camaçari ainda na infância, onde cresceu e se desenvolveu. Mesmo com poucos recursos, João sempre teve grande determinação para vencer e aprimorar seu talento no Audiovisual.
Em nossa conversa, João compartilhou suas experiências profissionais, os desafios que enfrentou, a importância do apoio de amigos e parceiros, e o impacto de sua arte na vida de tantas pessoas.
Sobre sua trajetória:
NM — João, você cresceu em Camaçari. Como foi essa jornada no início, quando você ainda estava aprendendo a trabalhar com fotografia e vídeo?
JV- Sou de Minas Gerais, mas vim para cá pequeno e cresci aqui. Começar em Camaçari foi desafiador, mas também uma grande escola. No início, eu tinha poucos recursos e muita vontade de aprender. Fiz muito networking, aproveitei cada oportunidade e me dediquei a entender como transformar minha paixão pela fotografia e vídeo em algo profissional. Tudo começou com eventos pequenos, e isso me ensinou a ser criativo mesmo com limitações. Agradeço a Sidney Macedo, que foi quem me deu as primeiras oportunidades aqui em Camaçari a trabalhar com alguns eventos.
NM- O que te inspirou a seguir a carreira de fotógrafo e filmmaker? Houve algum momento decisivo em sua vida que te levou a escolher essa profissão?
JV- Minha maior inspiração sempre foi a música e o impacto visual que ela pode ter. Ver como imagens e vídeos podem eternizar momentos e transmitir emoções me fascinou desde cedo. O momento decisivo foi quando percebi que queria mais do que apenas admirar esse universo, queria fazer parte dele, criando algo que pudesse ser visto e sentido por muitas pessoas.
NM – Quais foram os maiores desafios que você enfrentou nos primeiros anos da sua carreira, e como conseguiu superá-los?
JV- Os maiores desafios foram a falta de equipamentos e de visibilidade. Além disso, entrar no mercado artístico é algo extremamente competitivo. Para superar isso, investi em aprender, mesmo com o que tinha na época, e sempre entreguei mais do que o esperado. Aos poucos, o reconhecimento veio, e isso abriu portas maiores para mim.
Sobre seu trabalho com artistas:
NM – Você já trabalhou com grandes nomes da música brasileira. Pode compartilhar uma experiência marcante que teve com algum artista? Algum projeto que ficou especialmente na sua memória?
JV-Uma experiência inesquecível foi o DVD Playlist da Limão com Mel. Trabalhar nesse projeto foi um marco na minha carreira, porque ele ganhou proporções gigantescas e é algo que ainda roda o Brasil inteiro. Sentir que meu trabalho está conectado a um projeto tão importante é algo que levo com muito orgulho.
NM – O que você considera essencial para criar uma conexão com os artistas durante as gravações ou sessões fotográficas? Como você consegue captar a essência de cada um deles em suas imagens?
JV-A chave é escutar e entender quem eles são, tanto como artistas quanto como pessoas. Tento criar um ambiente leve, onde eles se sintam confortáveis para serem autênticos. A essência de cada um é única, e minha missão é traduzir isso em imagens que mostrem não apenas o espetáculo, mas também a alma do artista.
NM – Como é o processo criativo quando você está trabalhando em um videoclipe ou em uma campanha publicitária? Você se inspira em algo em particular ou prefere explorar novas ideias para cada projeto?
JV- — Meu processo criativo é sempre flexível. Gosto de trazer referências e ideias inovadoras, mas também de me adaptar ao conceito do projeto. Cada trabalho tem sua própria identidade, e é isso que me desafia e inspira a criar algo diferente a cada vez.
NM — A cultura da Bahia parece ser uma grande influência no seu trabalho. Como você traduz essa energia cultural nas suas produções fotográficas e audiovisuais?
JV-A Bahia é pura inspiração. Tento trazer suas cores, vibrações e histórias para o meu trabalho. É um estado que exala arte e emoção, e isso está sempre presente na forma como componho minhas imagens e vídeos. Meu objetivo é que essa energia seja percebida em cada projeto que faço.
NM – Como você vê a evolução do mercado audiovisual brasileiro nos últimos anos? Acha que a fotografia e o cinema baiano têm ganhado mais destaque nacional e internacionalmente?
JV-O mercado audiovisual brasileiro tem crescido muito, e a Bahia está ganhando um reconhecimento merecido. Nosso estilo autêntico e rico tem chamado atenção nacional e até internacionalmente. Tenho orgulho de ver talentos locais conquistando espaço e mostrando ao mundo nossa força criativa.
NM – Quais são os aspectos que você mais valoriza na fotografia e no audiovisual? É a estética, a emoção que transmite, ou talvez a história por trás da imagem?
JV-Para mim, a emoção é o que mais importa. A fotografia e o audiovisual têm o poder de contar histórias e criar conexões. Claro que a estética é importante, mas o que realmente transforma uma imagem ou um vídeo em algo especial é o sentimento que ele desperta.
Projetos e futuro:
NM – Quais são os projetos mais recentes em que você tem trabalhado? Pode nos contar um pouco sobre eles?
JV- Tenho trabalhado em projetos incríveis com artistas da música e também focado em compartilhar minha experiência por meio de workshops na área de audiovisual. Ensinar o que aprendi ao longo da minha trajetória é algo que tem me motivado muito recentemente.
NM – Você tem algum sonho ou meta profissional para os próximos anos? Há algum tipo de projeto ou colaboração que você ainda gostaria de realizar?
JV-Meu sonho é expandir meu trabalho para o cenário internacional, seja fotografando turnês, shows ou até mesmo grandes eventos. Também gostaria de criar algo que unisse ainda mais a música e o audiovisual, como um documentário ou um projeto autoral que contasse histórias através da fotografia e vídeo.
NM — Além da fotografia e filmagem, há outras áreas do audiovisual ou da arte que você gostaria de explorar no futuro?
JV-Sim, tenho muito interesse em direção e produção de grandes projetos audiovisuais. Também penso em explorar mais o lado criativo de trilhas sonoras e produção artística, conectando ainda mais essas áreas com meu trabalho.
NM – Ao olhar para sua carreira até agora, qual foi a maior conquista que você acredita ter alcançado? Existe algo que você gostaria de ter feito de maneira diferente?
JV- Minha maior conquista é poder olhar para trás e ver o impacto que meu trabalho tem tido. Trabalhar com grandes artistas, ser reconhecido na minha área e adquirir bens que antes pareciam distantes são motivos de muito orgulho. Quanto a fazer algo diferente, talvez eu tivesse começado a me valorizar mais cedo, mas cada erro foi parte do meu crescimento.
NM – O que você diria para jovens que estão começando na fotografia ou no audiovisual e sonham em seguir uma trajetória como a sua?
JV- — Diria para nunca desistirem e valorizarem cada oportunidade. É um caminho cheio de desafios, mas a paixão pelo que você faz é o que vai te levar adiante. Seja curioso, estude sempre e, principalmente, acredite no seu potencial, mesmo quando parecer difícil.
NM – Para terminar, qual a mensagem que você gostaria de deixar para quem acompanha seu trabalho e para aqueles que se inspiram em sua jornada?
JV- Quero agradecer a cada pessoa que acompanha e acredita no meu trabalho. Tudo que conquistei foi graças a essa troca de energia e apoio. Se eu pudesse deixar uma mensagem, seria: nunca deixe de sonhar e trabalhar duro, porque tudo que parece impossível hoje pode ser sua realidade amanhã.
Redação Nossa Metrópole / Vilsana Almeida
