Um estudo liderado por brasileiros e publicado na revista científica “Nature”, na segunda-feira, 27, concluiu que a reação mais “agressiva” do organismo à covid-19 ainda no início pode prever se a doença vai evoluir para a forma mais grave.
Os cientistas perceberam ainda que, nos pacientes graves, as respostas do corpo continuavam agressivas ao longo da doença. O estudo analisou exames de sangue de 113 pacientes hospitalizados com o vírus, entre casos fora e dentro da UTI.
A pesquisa sugere então que a gravidade da doença não está só relacionada à quantidade de vírus no corpo, mas a uma disfunção da resposta imune. Excessos das chamadas citocinas, entre os dias 9 e 12 após o início dos sintomas foram identificados. Na tentativa de combater o vírus, o sistema de defesa do corpo acaba desregulado e a quantidade de citocinas causa danos ao organismo.
A conclusão é importante porque com a previsão antes da piora clínica, os médicos poderiam utilizar remédios que controlassem a resposta do sistema imune. Porém, isso se aplica apenas pacientes com essa resposta desmedida ou a resposta natural do corpo ao vírus poderia ser inibida.
Fonte – A Tarde