Em ano eleitoral, o aplicativo de mensagem Telegram pode ser bloqueado do Brasil por ajudar na disseminação de fake news, discurso de ódio e desinformação. Na mira de apurações Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Polícia Federal e Ministério Público Federal A empresa sequer estabelece contato com as autoridades brasileiras. As informações são da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
Com a falta de contato com o Telegram, as autoridades brasileiras não consegue aplicar multas ou fazer recomendações. Com isso, as opções seriam: ceitar o crescimento desenfreado de uma plataforma que não atende aos contatos do Judiciário brasileiro ou bloquear o Telegram até que a empresa passe a dialogar.
Em diferentes processos, o presidente TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, tenta contato com a empresa e não obtém resposta. O mesmo acontece com o MPF.
Os procuradores dizem que não se trata de pedir acesso a conteúdo de conversas, mas apenas estabelecer contato e entender como funcionam as ferramentas de moderação da plataforma.
Outros países também têm criticado a falta de cooperação do Telegram. Na Alemanha, por exemplo, as autoridades passaram a cogitar a suspensão da ferramenta para combater o extremismo após não obter resposta nos contatos feitos com a empresa.
Diversos pré-candidatos na eleição de outubro têm investido no Telegram, atraídos justamente por não ter restrições de alcance e conteúdo, como o WhatsApp. O presidente Jair Bolsonaro (PL) é, de longe, quem mais usa a ferramenta, com uma conta que já supera 1 milhão de inscritos.
Fonte: A Tarde