Profissionais recusam levar passageiros para regiões mais distantes do centro; medo de assalto é a principal justificativa.
Pegar um táxi no município de Simões Filho deveria ser uma tarefa bastante simples. No entanto, dependendo do destino escolhido pelo passageiro, a realidade é bem diferente. A equipe de reportagem do Fala Simões Filho flagrou motoristas que se recusaram a realizar a corrida para alguns bairros do município,considerados distantes do centro.
A ação foi registrada na última segunda-feira( 22) em dois pontos distintos. Nossa equipe esteve, no final da tarde da última segunda-feira (22), na região do ponto de apoio que fica em frente ao Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), às margens da BR-324, e registrou dois casos. No primeiro fato, três mulheres pediram corrida até o Loteamento Jardim Renatão, no final bairro Estrada de Candeias, e tiveram que ouvir a narração embaraçosa do taxista que liderava a fila. “Vocês vão me perdoar, mas, por causa do horário, eu não vou para esse bairro”, disse. O relógio marcava 18h10. O trio precisou caminhar até a rodoviária da cidade para procurar outra condução.
O segundo flagrante foi ainda mais ousado por parte do profissional, quando foi perguntado sobre o valor da corrida até o Loteamento João Aragão, no bairro KM-30. O taxista informou o preço, no entanto, para surpresa do casal, ele disse que não iria de maneira alguma para a região citada pelos dois jovens. “ Sinto muito, mas não vou de jeito nenhum para esse loteamento. Se quiser, pode ver com outro taxista aqui”, comentou.
O mesmo acontece no ponto de táxi que fica situado na antiga Praça da Bandeira, ainda no Centro. Caso os usuários queiram se deslocar para os bairros centrais, como Cia 2, Cia 1, KM-25, por exemplo, não encontrará qualquer rejeição. Mas para quem pretende chegar aos loteamentos, distritos e regiões rurais, a situação se complica. É praticamente impossível encontrar um taxista que aceite levar passageiros para locais como Mapele, loteamento São Miguel, Palmares e outros pontos afastados.
A reportagem tentou entrar em contato com a cooperativa reguladora do transporte de táxi na cidade, Atasf, para comentar o assunto, mas, por conta do feriado, as ligações não foram atendidas.
Fonte: Fala Simões Filho



