A Federação dos metalúrgicos e mineiros da Bahia (Fetim) convoca, para esta quinta-feira, 11, uma assembleia dos trabalhadores da Caraíba metais, a fim de discutir o pagamento dos salários de dezembro e 13º salário, além de cobrar uma posição sobre o retorno da produção.
Os operários vão se reunir no pátio de estacionamento da empresa, mas alguns dirigentes do sindicato informaram ao A TARDE que há possibilidade de ocupação das instalações para pressionar os gestores da Paranapanema, responsável pela metalúrgica que se encontra em recuperação judicial.
Além dos salários, os trabalhadores denunciam atraso no benefício de alimentação e temem por seus empregos. Em outubro, a empresa anunciou uma parada de manutenção e determinou que a maioria dos trabalhadores, pouco mais de 500, permanecessem em suas casas, mantendo apenas o contingente mínimo para garantir a operação do forno, que não pode ser resfriado.
Em novembro, a Parapanema teve o pedido de recuperação judicial homologado pela justiça de São Paulo e, na última semana do ano, a empresa anunciou o ´lay off´ parcial, ou suspensão das atividades, por um período de 5 meses, período no qual os salários deveriam continuar a ser pagos.
O motivo da paralisação da produção é a manutenção no precipitador de partículas, equipamento fundamental para a operação da fábrica, com custo de R$ 80 milhões e cujo reparo está orçado em R$ 40 milhões, segundo estimativas do sindicato da categoria.
Em nota, a Paranapanema S.A. informou à reportagem que “o lay-off da unidade Caraíba, no município de Dias D’Ávila (BA), foi aprovado por extensa maioria dos trabalhadores e a empresa vem cumprindo com os compromissos assumidos”, o que é negado pelos trabalhadores.
A tarde
