CETEP
domingo, 8 dezembro, 2024

Fabio Lima fala para Nossa Metrópole sobre pré-candidatura. Confira entrevista!

- Publicidade -
CETEP
O empresário Fabio Lima. Foto: Garcez Fotografia

 

Há pouco mais de um ano da eleição que irá definir quem vai ocupar o cargo de prefeito de Camaçari de 2021 a 2024, nomes já começam a ganhar força na cidade, como é o caso do empresário Fabio Lima (sem partido), 38 anos.

Filho de barraqueiros, criado em Arembepe, pai de duas filhas, casado e formado em administração de empresas, Lima acredita ser o nome da vez para disputar voto a voto nas urnas com o prefeito Elinaldo, que irá partir para campanha de reeleição. “Eu tenho capital político hoje que me credencia a isso”, afirma.

Na sua carreira política, disputou as eleições de 2008 como vice-prefeito na chapa de Marco Antônio, e, em 2016, chegou a se apresentar como candidato a vereador. Em 2020, Fabio Lima pretende se colocar como uma opção da esquerda no município e aposta no sentimento de mudança emanado pela população.

Para ganhar notoriedade na corrida eleitoral, o empresário tem apostado nas redes sociais, ferramenta destaque nas eleições presidenciais de 2018. Somente no Instagram, são 41,2 mil seguidores e, no Facebook, o número de curtidas é de mais de 4.700.

Em entrevista à nossa reportagem, Fabio Lima fala dos seus projetos como pré-candidato ao comando do executivo camaçariense, a exemplo da criação de um hospital municipal, do fomento ao turismo, esporte amador, educação em tempo integral, comércio local e o combate ao nepotismo e ‘forasteiros’ em cargos de primeiro escalão. “É um compromisso”, garante. O político aposta no investimento nas pratas da casa para “colocar Camaçari no trilho”.

Leia a entrevista na íntegra!

Nossa Metrópole – Hoje, você se coloca como pré-candidato a prefeito de Camaçari. Por que acredita estar preparado para essa posição?

Fabio Lima–Diante da atual situação que vive o Brasil e, também, Camaçari, é notória a ansiedade da população por uma mudança, um novo momento para a cidade e para o país. E eu estou preparado. Tudo que eu passei na vida me deu forças e tornou-se ponte para eu chegar até aqui.

NM – Você nunca teve um mandato político. Por que hoje se coloca ao cargo de prefeito?

Fabio Lima – Eu tenho capital político que me credencia a disputar a Prefeitura de Camaçari. A gente tem visto isso nos quatro cantos da cidade, por onde tenho andado, o povo tem pedido, chamado o nosso nome para essa candidatura. Graças a Deus, hoje, se fizer uma pesquisa, a gente aparece bem colocado.

 

 

NM – Há pouco mais de um ano das eleições municipais de 2020, como você avalia o atual cenário político em Camaçari?

Fabio Lima – Camaçari, como muitas cidades do Brasil, vem clamando por mudança. Então, eu me coloco como essa possibilidade de mudança, para fortalecer e pensar melhor por Camaçari. É necessário ter alternativas, já que os cidadãos estão buscando uma referência e um novo momento para essa situação que vive o país e a cidade.

NM – Você falou que as pessoas não querem mais o que está aí nem querem voltar atrás, por isso buscam o novo. Mas, enquanto pré-candidato, vai estar alinhado ao ex-prefeito Luiz Caetano, por exemplo?

Fabio Lima – Hoje, eu faço parte de um grupo de oposição. A gente sabe que para ganhar qualquer eleição em Camaçari é preciso estar unido. É isso que venho buscando: a união da oposição. E a oposição passa sim por Caetano, passa sim pelo seu prestígio, passa sim por seu tamanho no município. Espero que ele possa estar junto com a gente, fazendo essa caminhada, porque é importante que nós possamos vencer essas eleições com todos unidos em prol de um projeto só que é Camaçari.

NM – O crescimento da economia tem sido um problema em todo país, atualmente, o Brasil tem mais de 13 milhões de desempregados e, em Camaçari, esse número ultrapassa os 50 mil. De que forma pretende reverter esse quadro, aquecer a economia, gerar emprego e renda para o município?

Fabio Lima – É preciso criar junto com os comerciantes e empresários de Camaçari meios e formas de aquecer a economia. Entre as minhas propostas, está o Centro Comercial. A ideia é transformar a Feira em uma atração turística, investir pesado para fazer dela um potencial competidor junto aos grandes empreendimentos que estão surgindo na cidade. Além disso, é fundamental incentivar os munícipes a comprar no comércio local, oferecendo, por exemplo, desconto de IPTU, fazendo campanhas e investindo. A gente precisa gerar emprego para os filhos de Camaçari. Outro ponto a ser trabalhado é o empreendedorismo municipal. O objetivo é estimular os jovens a terem seu primeiro emprego e seu próprio negócio. Eu quero gerar um financiamento municipal, um incentivo de 10, 20, 30 mil reais para que possam montar um comércio, claro que vai ter algumas regras, mas sem muita burocracia.

NM – Você tem experiência na área da saúde, é proprietário de uma empresa de engenharia hospitalar. O que pensa para esse segmento?

Fabio Lima – Um dos meus sonhos é criar um Hospital Municipal, que vai gerar muitos empregos e atender toda população de Camaçari, na sede e orla. Penso ele ali na Cascalheira, com uns 30 leitos de UTI, transporte 24 horas – tanto para levar como para buscar pacientes que não estejam em alto risco. Acredito, ainda, na importância de modernizar o sistema de marcação de consultas e retirada de medicamentos. A ideia é que Camaçari tenha um aplicativo para que o cidadão marque a consulta, utilizando o cartão do SUS como senha e login. Isso iria acabar com as filas nos postos de saúde. A mesma coisa aconteceria com a medicação, o paciente receberia um código com o local e horário para buscar o remédio. Mais do que Alta Complexidade é preciso pensar também na Atenção Básica. Tem que revitalizar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), construir mais Postos de Saúde da Família (PSF) e reativar unidades.

NM – De acordo com o Atlas da Violência, publicado pelo Ipea, em 2017 houve mais de 65 mil homicídios no Brasil, o maior nível histórico já registrado. Na Bahia, a taxa de homicídio é de 48,8 a cada 100 mil habitantes, o equivalente a 7.487 mortes naquele ano, e em Camaçari esse índice é de 91,8, figurando entre as cidades mais violentas do estado. Diante desse cenário, quais são suas propostas para a segurança pública?

Fabio Lima – Na questão da segurança pública, eu tenho algumas ideias. A primeira é a criação do vigilante municipal, não penso em criar a guarda municipal. Porque, quando você abre a guarda municipal, vai ter concurso público por todo Brasil, as pessoas podem vir e a intenção, além de proteger, é criar postos de trabalho para os moradores de Camaçari. Colocar os vigilantes municipais em cada bairro, pessoas da área estarão trabalhando com viatura, rádio e tomarão treinamentos e cursos. Esses vigilantes vão dar um suporte à Polícia Militar, eles não vão andar armados. Meu sonho é gerar mais de 5 mil empregos com essa iniciativa.Aliado a isso, penso em tecnologia. O vereador Jackson Josué tinha feito uma indicação e eu tenho olhado muito isso e comentado nas minhas reuniões, que é a questão das câmeras de segurança com reconhecimento facial usadas no Carnaval deste ano. Quando ela passa e vê o seu rosto, ela começa a lhe seguir por satélite e vê para onde você está indo e assim é acionada a polícia. A gente precisa impor isso em Camaçari.

NM – Camaçari tem 42km de praia, uma diversidade de riquezas naturais ao longo do litoral. Você conhece isso de perto, já que cresceu em Arembepe, trabalhou com seus pais em uma barraca de praia. O que acredita que falta para potencializar a orla de Camaçari e, consequentemente, fortalecer o turismo?

Fabio Lima – Você vai andar aqui na orla e não vai encontrar nenhum turista, tenho quase certeza. A gente precisa fazer grandes eventos aqui em Camaçari todos os meses. Precisa vender Camaçari lá fora, trazer grandes shows, eventos de MMA, vôlei, basquete, surf e gastronômicos. Outro sonho é o turismo religioso. Fazer uma semana da religião evangélica, outra de eventos católicos, espíritas, com o povo de santo, para poder vender isso para o Brasil e para o mundo inteiro. Fazer isso é divulgar a nossa cultura e trazer gente de diversos lugares. Precisa tirar aquela coisa de final de semana Camaçari virar um cemitério. Precisa trazer grandes restaurantes, grandes empreendimentos para o Centro e transformar Camaçari também em uma cidade noturna. A gente vê agências, cidades do mundo inteiro e a gente com uma riqueza gigantesca, tanto financeira quanto natural, e não sabe aproveitar?

NM – E sobre o esporte, o que pensa?

Fabio Lima – Penso no esporte também aliado à educação. Aquele estádio municipal precisa ser demolido, construído outro. Com a implantação da educação em tempo integral em todas as escolas de Camaçari e um novo estádio, podemos colocar os alunos neste equipamento para fazer educação física. Outro ponto que defendo é a recuperação de todos os campos e o incentivo ao esporte amador, construção de ginásio para que possa incentivar quem faz vôlei, basquete e outras modalidades. Além da realização de grandes eventos como maratonas, para atrair atletas do mundo inteiro. A gente precisa incentivar o esporte em um modo geral para salvar vidas.

NM – Você tem falado muito em valorizar a prata da casa. Caso seja eleito, pensa em indicar pessoas de Camaçari para ocupar cargos do primeiro escalão?

Fabio Lima – Desde quando trabalhava com meus pais na barraca de praia, depois fui para o Bom Preço, com 18 anos, e fazer faculdade, correr atrás dos meus sonhos, não tinha pessoas em Camaçari naquela época com formações acadêmicas, e hoje tem. Eu tenho certeza que aqui em Camaçari tem profissionais capacitados para estar em qualquer cargo da prefeitura. A gente não precisa trazer ninguém de fora e eu não vou trazer ninguém de fora, não precisa. É um compromisso. A gente acerta junto e erra junto. Vamos minimizar os nossos erros, porque vamos estar com pessoas que já conhecem essa máquina como ninguém. Outra coisa, esqueça negócio de parente em prefeitura: primo, irmão, não precisa isso. Se a gente quer ser diferente, a gente vai ter que começar dando exemplo.

NM – A gente percebe uma forte atuação sua nas redes sociais. Como você vê o papel das novas mídias nas próximas eleições?

Fabio Lima – Um exemplo claro foi essa eleição de 2018 para presidente e até num modo geral. Ela serviu como parâmetro para o futuro. Porque o presidente atual começou com fake news e venceu as eleições. Fez uma campanha barata e através das redes sociais, da internet conseguiu chegar aos quatro cantos do Brasil. Em Camaçari, não é diferente, as pessoas estão conectadas, têm acesso às redes socias, estão buscando na internet quem é quem, o que cada um está fazendo, buscando e querendo. Às vezes, estou nos lugares e às pessoas dizem: ‘Ah, eu vi sua postagem ontem!’. E isso tem sido gratificante pra gente. Então, assim, vamos apostar muito alto nessa questão de redes sociais, de informatização e com essas mudanças na nova legislação eleitoral, com a proibição de carro de som, pintura de muro, placas e menor tempo de campanha, têm que ser exploradas, realmente, as redes sociais.

NM – Você já está em ritmo de pré-campanha e costuma fazer reuniões mensais em diversas localidades do município. Nesses encontros, como é a receptividade das pessoas e qual tem sido a principal carência do povo de Camaçari?

Fabio Lima – Graças a Deus, nos quatro cantos por onde passamos, tenho visto as pessoas simpáticas ao nosso nome, ao que nós viemos plantando e estamos falando para elas. Até agora, não tivemos nenhuma rejeição. Percebemos, sobretudo, o respeito com o nosso trabalho. E, sobre a principal carência, as pessoas estão reclamando de tudo um pouco: da ausência do governo, da falta de compromisso de secretários e da administração pública com a saúde, educação, e todos os outros problemas que a cidade possui. As pessoas têm batido muito nisso, a ausência do prefeito na cidade, a ausência da gestão como um todo. É possível perceber a revolta com relação ao modelo de governar Camaçari hoje.

 

Por Fabiana Monte e Camila São José

Compartilhar:

NM

Destaques

Mais Notícias
Notícias

O Boticário presenteia Camaçari com carrossel iluminado neste Natal

A atração gratuita funcionará até 23 de dezembro na...

Governo autoriza concurso para a Polícia Federal

O governo federal publicou, na edição desta sexta-feira, 6,...

“Cultura gospel” pode virar patrimônio cultural imaterial da Bahia

A cultura gospel do movimento da religião evangélica pode ser reconhecida...