Com a iminência da criação da CPI da Covid-19, que pode ser instaurada ainda nesta terça-feira, 13, o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) iniciou a articulação política nos bastidores para tentar frear o ímpeto de uma possível investigação contra si.
De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro passou a segunda-feira ligando para senadores de direita e de centro para convencê-los de aumentar o escopo da comissão parlamentar permitindo que a investigação abranja também estados e municípios – tema tratado inclusive na conversa vazada com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
Já temendo que a articulação não vingue, Bolsonaro começou a montar uma “tropa de choque” para atuar dentro da CPI como oposição na comissão de inquérito e já conta com o apoio do senador Ciro Nogueira (PP-PI). Outros nomes que Bolsonaro procura emplacar são os dos senadores Eduardo Girão (Podemos-Ceará), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Soraya Thronicke (PSL-MS), que defendem abertamente que a CPI deve ser ampliada.
Com o colegiado majoritariamente formado por nomes de oposição a Bolsonaro, como os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), a cúpula do Planalto teme que a investigação possa desgastar ainda mais a imagem do presidente e aponte possíveis crimes de responsabilidade.