
O corpo do engenheiro Norberto Odebrecht, 93 anos, foi sepultado na manhã deste domingo, 20, no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação, em Salvador. A cerimônia contou com muitas pessoas e foi encerrada por volta das 11h30. Muitas homenagens foram feitas, um helicóptero jogou pétalas de rosas e os presentes deram uma longa salva de palmas.
O empresário morreu na noite do sábado, 19, por complicações cardíacas no Hospital Várdio Pulmonar, em Salvador.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, e o prefeito de Salvador, ACM Neto, foram prestar condolências à família, além de outros políticos e empresários. A família ficou numa área separada e não deu entrevistas.
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O prefeito ACM Neto falou que “sem dúvida Noberto foi o maior empresário da Bahia de todos os tempos e deixou um legado extraordinário. Tembém foi uma pessoa que investiu muito no social e vai deixar isso como exemplo por muito tempo.”
Em nota, o governador, disse que “os baianos se entristecem com a morte desse grande homem cujo espírito empreendedor foi enriquecido por uma ampla visão social.”
Norberto Odebrecht era fundador e Presidente de Honra da Organização Odebrecht, um conglomerado de empresas, fundada em Salvador e presente em 23 países, com negócios diversificados e estrutura descentralizada. Atua nos setores de engenharia e construção, indústria e no desenvolvimento e operação de projetos de infraestrutura e energia, criando soluções integradas.
Origem
O DNA da Organização remonta ao ano de 1856, data da chegada de Emil Odebrecht ao Brasil. Seguindo o fluxo da imigração alemã no país, o engenheiro se fixou no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Casado com Bertha Bichels, teve 15 filhos. Um de seus netos, Emílio Odebrecht – pai de Norberto – se enveredaria pelo setor de Construção Civil e comprovaria a veia empreendedora da família Odebrecht.
A construtora Isaac Gondim e Odebrecht Ltda. foi a primeira empresa de Emílio Odebrecht. Em 1923, ele criaria a Emílio Odebrecht & Cia., responsável por várias edificações no período entre guerras, no Nordeste brasileiro.
Com o início da 2ª Guerra Mundial, os materiais de construção vindos da Europa tornaram-se caros e escassos, deflagrando uma crise no setor. Emílio retirou-se dos negócios e coube a seu filho, Norberto, substituí-lo, em 1941.
Fonte – A Tarde