Entidades ligadas à UFBA admitem possibilidade de greve

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Após o anúncio, por parte da Universidade Federal da Bahia (UFBA), das medidas da contenção de custos, na última segunda, que vai atingir serviços como consumo de água, energia elétrica, telefonia, além de passagens, hospedagens e apoio a eventos, entidades ligadas à instituição se mostraram preocupadas com as medidas e dizem que greves podem acontecer se a situação não for revista.

A APUB, que é o sindicato que representa os professores das instituições federais de ensino superior do estado da Bahia, diz que a situação pela qual passam as Universidades nada mais é do que um reflexo de um modelo econômico proposto pelo governo que está atingindo os serviços públicos essenciais. “É uma situação que a gente já esperava que fosse acontecer desde fevereiro. Infelizmente essas medidas vêm de encontro a tudo que nós vínhamos defendendo e a educação não pode pagar pelas irresponsabilidades de um governo”, comentou a presidente do Sindicato, Cláudia Miranda.

Segundo ela, o sindicato já possui uma plataforma de atividades marcadas para debater a questão. Entre elas, está uma assembleia, que deve acontecer no dia 14 de abril. Questionada se poderia haver uma greve por parte do grupo, Cláudia não descartou a possibilidade. “Não havendo recuo ou alguma sinalização por parte de rever as medidas de contenção adotadas, pode ser que haja uma greve não apenas dos docentes como também de outras categorias. Nós não concordamos com esse modelo de desenvolvimento econômico que é feito para poucos. Vemos aí que o PIB do país só faz subir, mas nós não sabemos aonde foram parar os recursos”, argumentou.

TERCEIRIZADOS
Outra instituição ligada à universidade, a ASSUFBA, que engloba os trabalhadores técnico-administrativos da instituição, também vê com receio as medidas adotadas pelo governo e diz que pode paralisar as atividades após assembléia marcada para o próximo dia 8 de abril. “O que nós queremos é a defesa e a valorização da educação pública no país. Nós somos contrários a decisão do governo. Acho que a educação não é quem deve pagar o pato por conta dessas medidas”, falou o coordenador de assunto jurídicos do instituto, Paulo Vaz.

Com relação aos terceirizados, ele contou que a situação deles é complicada e que funcionários que prestam serviços a instituição temem eventuais demissões. “Soubemos que, em fevereiro, eles chegaram a ficar com 70 dias de salários atrasados, mas não sei se a situação foi sanada. Apesar disso, o reitor [João Carlos Salles] tem sido bastante transparente conosco com relação à realidade atual da Universidade”, comentou. Em carta publicada na última segunda-feira, a UFBA disse que vai promover uma redução de até 25% nos contratos de serviços terceirizados, o que poderá atingir itens como manutenção, limpeza, segurança e vigilância patrimonial.

Ainda segundo o comunicado, as medidas de restrição de consumo e de despesas serão avaliadas a cada três meses, e revistas de acordo com a evolução da execução orçamentário-financeira pelo Ministério da Educação e em vista das necessidades da universidade. Porém, foi reforçado o compromisso de assegurar a continuidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão e as ações de assistência estudantil.

Fonte: Tribuna da Bahia

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Michele

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