Campeã dos 50m costas no Mundial de Budapeste-2017, a nadadora brasileira Etiene Medeiros conquistou a medalha de prata na mesma prova nesta quinta-feira (25), no Mundial de Esportes Aquáticos, em Gwangju, na Coreia do Sul. Etiene, principal favorita ao ouro, foi superada pela norte-americana Olivia Smoliga na batida de mão.
A brasileira completou a prova com o tempo de 27s44, contra 27s33 da norte-americana, que registrou o melhor tempo do ano. As duas nadadoras fizeram uma disputa equilibrada da largada até a chegada, quando Smoliga obteve ligeira vantagem. O bronze ficou com a russa Daria Vaskina, com 27s51.
Tentando defender o título mundial conquistado há dois anos, Etiene era a maior candidata ao ouro nesta quinta. A brasileira também é bicampeã mundial em piscina curta (25 metros). E o favoritismo aumentou ao fim das semifinais, quando a chinesa Fu Yuanhui, campeã mundial em Kazan, em 2015, e prata em Budapeste, ficou com o nono melhor tempo e não avançou à decisão.
Olivia Smoliga obteve seu primeiro título mundial individual em piscina longa (50 metros). Em Gwangju, ela conquistou também o bronze na prova dos 100m costas.
Com o resultado da final dos 50m costas, o Brasil segue em busca da primeira medalha de ouro nas piscinas na Coreia do Sul. No total, a equipe brasileira soma agora seis medalhas no Mundial, contando o bronze de Nicholas Santos nos 50m borboleta, a prata de Felipe Lima e o bronze de João Gomes Júnior, ambos nos 50m peito. Na maratona aquática, em águas abertas, Ana Marcela Cunha faturou dois ouros, nas distâncias de 5km e 25km.
Caeleb Dressel domina
Momentos antes, o Brasil esteve em outra final, e com dois representantes nos 100m livre masculino. Mas nem Marcelo Chierighini nem Breno Correia alcançaram o pódio. A prova foi dominada pelo norte-americano Caeleb Dressel, o grande destaque individual deste Mundial até agora. Foi o terceiro ouro e a quarta medalha do americano na competição.
Dressel terminou a prova com o tempo de 46s96, aproximando-se do recorde mundial, de 46s91, que pertence ao brasileiro Cesar Cielo. Com a marca, ele tornou-se o primeiro nadador do seu país a nadar abaixo de 47s e registrou a melhor marca desde o fim dos supermaiôs. Cielo anotou o recorde em 2009, ainda na era dos trajes tecnológicos, banidos no ano seguinte.
A prata ficou com o australiano Kyle Chalmers, atual campeão olímpico, com 47s08. E o bronze ficou com o russo Vladislav Grinev, com 47s82.
Chierighini, em mais uma final de 100m livre em Mundiais, chegou a virar em segundo lugar nos primeiros 50 metros. Porém, caiu de rendimento no trecho final e foi superado pelos rivais. Bateu em quinto lugar, repetindo a posição obtida no Mundial de Budapeste, em 2017. Nesta quinta, ele anotou o tempo de 47s93, piorando seu tempo em comparação à semifinal (47s76) – nas eliminatórias, nadou em 47s95.
Em sua primeira final de Mundial, Breno Correia chegou em oitavo e último lugar, com 48s90. Assim, também acabou registrando um tempo pior do que registrou na semifinal (48s33) e nas eliminatórias (48s39).
“Agradeço a Deus, aos meus pais e ao Clube Pinheiros. Foi um prazer enorme estar aqui, na minha primeira final individual. Foi uma prova importante para dar a volta por cima. Não fui muito bem no revezamento e no 200m livre. Infelizmente, aumentei em seis décimos em comparação à semifinal e às eliminatórias”, comentou Breno Correia, em entrevista ao canal SporTV.
“Mas acredito que temos que ver o lado positivo. Ainda sou novo, tenho 20 anos, muita coisa ainda por vir. Uma prova não vai definir a minha carreira. Desde novo, eu sonhava em disputar um Mundial e um Pan-Americano. Estou satisfeito por realizar um sonho e participar de uma final”.
Chierighini, por sua vez, não escondeu a insatisfação com a performance. Pela terceira vez consecutiva em Mundiais de piscina longa, ele terminou em quinto lugar, fora do pódio. “É difícil falar alguma coisa agora. Preciso ver o vídeo, ver o que errei na parte técnica. Hoje eu senti mais que ontem. Mas isso é final. Não consegui executar a prova um pouco melhor”.
Fonte: Correio 24h